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Acreditar: entre a inocência e a esperança

Da Redação

| Edição de 31 de outubro de 2024 | Atualizado em 31 de outubro de 2024

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Hoje, ao retomar a escrita desta coluna, sinto a responsabilidade e a alegria de poder compartilhar algo em que acredito profundamente: a força de acreditar. Parece algo simples, mas acreditar é, em muitos momentos, a faísca que acende o que há de melhor em nós. É a base de qualquer mudança, o combustível que move sonhos e transforma a realidade. E, no entanto, quantas vezes nos esquecemos do poder que temos quando acreditamos com todo o coração?

Acreditar não é um ato de ingenuidade, mas de coragem. Acreditar é escolher ver o potencial escondido em um momento de crise; é olhar ao redor e enxergar que, apesar de todas as dificuldades, existem caminhos possíveis. Acreditar é um compromisso diário, não apenas com o mundo que queremos ver, mas com a pessoa que queremos ser. É escolher lutar, investir, persistir, e jamais desistir, mesmo quando as circunstâncias parecem desafiar nossa fé.

Sei que, muitas vezes, acreditar exige força e paciência. Exige esperar e confiar que, ainda que os resultados não apareçam de imediato, cada pequeno passo conta, cada esforço faz diferença. Acredito que, como pais, professores, profissionais, ou cidadãos, precisamos desse compromisso renovado de acreditar, pois é ele que contagia, inspira e nos une. É a nossa convicção no que pode ser melhor que planta a semente do bem nas próximas gerações.

Nos últimos tempos, nossa confiança foi testada, e a dúvida se fez presente em diversas áreas da vida. Mas é justamente nesses momentos que acreditar é essencial. Acreditar não é só desejar o melhor, é se comprometer com ele, é trabalhar para que ele aconteça. É construir pontes, superar barreiras, dar as mãos para caminhar junto. E isso, acredite, é uma revolução.

Talvez você se pergunte: Em que posso acreditar hoje? A resposta é ampla. Acredite na força dos seus sonhos, mas também nos pequenos gestos que faz todos os dias. Acredite nas pessoas que estão ao seu lado, e nas que você ainda vai conhecer, pois elas também carregam uma chama dentro de si. Acredite no poder transformador de uma palavra amiga, de um ato de generosidade, de um pedido de desculpas. Acredite em cada esforço que você realiza, ainda que pareça invisível, porque ele é a pedra fundamental de algo maior.

E se, em algum momento, você sentir que acreditar está difícil, lembre-se de que não está sozinho. Nesta cidade, nos encontros cotidianos, vejo pessoas que acreditam e fazem a diferença. Elas talvez não apareçam em manchetes ou não sejam celebradas, mas estão aqui, como você e eu, dando o melhor de si. São pessoas que acreditam na dignidade, na educação, na justiça, e que, juntas, constroem um ambiente de esperança. É esse ato coletivo de acreditar que transforma o impossível em possível.

Hoje, ao reassumir este espaço, faço um convite: vamos juntos reacender nossa fé. Vamos acreditar no que construímos, no que ainda podemos conquistar, na capacidade que temos de transformar as dificuldades em histórias de superação. Porque, no final, acreditar é ter a coragem de recomeçar quantas vezes for necessário. É a certeza de que vale a pena lutar pelo amanhã que queremos, porque, ao acreditar, descobrimos que somos muito mais fortes do que imaginamos. Pode parecer bobagem, mas eu confesso, caro leitor e leitora, eu ainda acredito.