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Júri de 15 horas de duração condena seis réus em Apucarana

Da Redação

| Edição de 05 de outubro de 2022 | Atualizado em 05 de outubro de 2022

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Seis dos oito réus julgados em um dos maiores júris da história de Apucarana foram condenados no início da madrugada desta quarta-feira (5). A sentença foi proferida pelo juiz Oswaldo Soares Neto pouco depois da meia-noite.

O grupo foi julgado pelo homicídio de João Sérgio de Lima, de 34 anos, ocorrido em 28 de janeiro de 2019 em Apucarana, e também por crimes de tráfico e associação ao tráfico. A vítima foi executada com vários tiros. 

Dos seis réus sentenciados, quatro foram condenados por envolvimento no homicídio. Wilson Thiago Ferreira Gomes, de 32 anos, conhecido como ‘Dexter’, recebeu a maior pena: 44 anos e 23 dias. Ele foi condenado por homicídio qualificado, tráfico, associação ao tráfico e por integrar organização criminosa.

Dexter foi apontado pela denúncia do Ministério Público (MP) como o mandante do assassinato, que teria sido decidido dentro da cadeia no chamado “Tribunal do Crime”, uma prática do PCC (Primeiro Comando da Capital). A morte foi encomendada, segundo o MP, por conta de uma dívida envolvendo a venda de drogas e também por áudios com ameaças feitas pela vítima. 

O réu está preso em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), por conta de um outro caso, envolvendo o assassinato de Luciano Aparecido de Pontes, de 29 anos, em abril de 2017 em Apucarana. A morte também teria sido decidida no “tribunal do crime” por conta de uma suspeita de suposto abuso praticado pela vítima contra uma criança. 

Já Elton Pereira, de 35 anos, o ‘Terrível’, foi condenado a 20 anos, 8 meses e 22 dias de prisão por homicídio qualificado e por integrar organização criminosa. Thiago dos Santos Roberto, de 23 anos, o ‘Guimé’, a 16 anos, 7 meses e 15 dias pelos mesmos crime. Veranice Anselmo, de 34 anos, a ‘Branca’, cumprirá 25 anos, 7 meses e 15 dias de prisão por homicídio, tráfico de drogas e associação ao tráfico - segundo a denúncia, ela apontou a localização da vítima. 

Outras duas condenações não têm relação com o homicídio, mas foram incluídas no julgamento por envolver o mesmo grupo. 

O júri, que começou às 8 horas de terça-feira (4), durou quase 15 horas. Por conta do envolvimento dos réus com o PCC, um forte aparato de segurança foi montado no Fórum de Apucarana durante o julgamento. (FERNANDO KLEIN)