Vamos combinar uma coisa: você trata o seu cliente como se ele fosse meio tapado, não é?
Calma, não fique indignado. Olhe para as suas campanhas. Aquele textinho de vendas cheio de urgência fabricada. Os banners gritando “ÚLTIMA CHANCE” toda semana. O discurso decorado que você solta no piloto automático.
Agora faça um exercício: imagine falando tudo isso para a sua mãe. Ou para o seu melhor amigo. Para alguém cuja opinião você realmente valoriza.
Mudou alguma coisa?
David Ogilvy, o publicitário que praticamente inventou a propaganda moderna, sacou isso há meio século: “O consumidor não é idiota. É a sua mulher”, ele disse.
Traduzindo do “ogilvinês” para o português claro: o seu cliente não é um bobalhão esperando ser manipulado. Ele é inteligente, desconfiado, e percebe quilômetros de distância quando você está tentando enganá-lo.
Aquela promessa milagrosa? Captou na hora.
Aquela meia-verdade estratégica? Manjou também.
O truquezinho da escassez fake? Todo mundo já conhece.
E sabe o pior? Quando você trata as pessoas como ingênuas, elas simplesmente evaporam. Sem reclamar. Sem brigar. Só desaparecem... e vão comprar de quem as respeita.
Então pare de fazer marketing como se estivesse numa feira de esperteza. Fale com o seu cliente como falaria com alguém que você admira. Com honestidade. Respeito. Inteligência.
Porque ele não é um CPF com cartão de crédito. É gente. E merece ser tratado como gente.