Tenho escrito frequentemente sobre a autoconfiança e sua importância em todas as direções da vida. Muito do que fazemos depende disso. Hoje eu estou aqui para lembrar você, caro leitor, de que é preciso um cuidado especial no trabalho de desenvolvimento da autoconfiança. Que cuidado? Precaver-se contra mentir para si mesmo. É difícil demais separar uma coisa da outra. Porém, é fundamental evitar a confusão cuja tendência é acontecer amiúde.
Para começar, precisamos moderar as nossas expectativas. A quem deseja isso, eu aconselho perguntar-se quais são estas expectativas. Só de conseguir expressá-las com clareza, você já terá dado um belo passo para avaliá-las com sinceridade.
Outra coisa importante é identificar de onde elas vêm. Ou melhor: elas têm base na experiência, na simples observação ou no desejo? Ou talvez na invenção criativa?
Seja honesto. Se a distância entre a realidade e o seu desejo é grande, as suas expectativas carecem de um ajuste muito sério.
Se for preciso, aprenda a usar os seus amigos como referência para não cair no ridículo. Fale a respeito e averígue se o que você estabeleceu como expectativa para si é razoável. Eles riram? Provavelmente você acaba de receber um indicativo inequívoco de que deve recalcular tudo, incluindo até o seu conceito sobre ‘o que é’ e ‘como se formula’ uma expectativa real para si.
Acho que passei dos limites. Mas para evitar a perda de foco, vou repetir o que considerei no início: autoconfiança é uma coisa; enganar-se com fantasias e ilusões é outra muito, muito diferente. Não prossiga nesta rota.