ABRAHAM SHAPIRO

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O nome da família no rótulo

Da Redação

| Edição de 10 de novembro de 2025 | Atualizado em 10 de novembro de 2025

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Já reparou que certos produtos carregam um sobrenome estampado como se fosse “juramento de sangue”? Pois é. Isso não é vaidade. É genialidade disfarçada de tradição. Não é acidente. É estratégia. E das mais corajosas que existem no mercado.

Quando uma família coloca o próprio nome no rótulo, ela está dizendo ao mundo: “Eu respondo por isso com a minha reputação, minha história e o nome dos meus filhos”. É um atalho fenomenal para algo que nenhum departamento de marketing compra: confiança genuína.

O cliente não compra apenas mercadoria. Compra origem, herança, batalhas vencidas. Recebe experiência e coragem embaladas junto com o produto.

Há uma ironia deliciosa aqui. Num mundo entupido de marcas genéricas e logotipos vazios criados por comitês anônimos, esses sobrenomes são ilhas raras de autenticidade. Cada pacote de farinha, cada garrafa de vinho, cada queijo carrega décadas de aprendizado, erros assumidos e acertos celebrados. É orgulho transformado em produto tangível.

E sabe o que mais impressiona? A audácia pura. Sim, pois, gravar o próprio nome é aceitar que a sua reputação pessoal caminha junto com cada unidade vendida. É comprometer gerações futuras com a excelência do presente. É transformar negócio em legado indivisível.

Como diria o grande Rei Salomão: “O bom nome é mais precioso que grandes riquezas”. Esses empresários entenderam isso muito antes dos livros de branding existirem.

Eles não vendem coisas. Vendem responsabilidade embalada. E o mercado reconhece instantaneamente, porque confiança, meu caro, minha cara, continua sendo a moeda mais valiosa que existe... e a única que não se falsifica.