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Apucarana se consolida como polo de produção de ração pet

Cindy Santos

| Edição de 20 de setembro de 2024 | Atualizado em 20 de setembro de 2024

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Apucarana se tornou polo produtor de ração animal do Paraná em número de indústrias. Dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) apontam que o município concentra o maior número de empresas do segmento em todo o estado. São 14 fábricas que empregam mais de 600 trabalhadores com carteira assinada, conforme dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged).

O município está na frente de grandes centros com Maringá, que tem 12 estabelecimentos instalados, Cascavel e Curitiba que têm 11 indústrias cada. Entre as empresas atuantes no mercado “petfood” apucaranense está a Danês Alimentos. Fundada por apucaranenses há oito anos, a empresa emprega atualmente 67 funcionários e produz 2,5 mil toneladas de ração animal por mês, com capacidade produzir até 3,5 mil toneladas com atual maquinário instalado. São 17 produtos alimentícios para cães e gatos no portfólio da empresa comercializados para 17 estados do Brasil.

Conforme o diretor administrativo Rodrigo Begalli, empresa prepara a certificação e documentação para dar um passo adiante e iniciar a exportação dos seus produtos. A empresa já está em tratativas com o Paraguai e Uruguai que devem comprar ração apucaranense em breve. Em dezembro, a Danês também vai expor produtos em uma feira no Egito em busca de novos negócios.

Begalli acredita que Apucarana tornou-se polo de produção de ração animal pela logística privilegiada e também pelos investimentos em mão de obra capacitada. “O fato de Apucarana estar situada numa região agrícola e de fácil acesso a estradas facilitou muito a questão de se tornar polo também no setor de ‘petfood’. Devemos mencionar o fato da antiga Kowalski ter começado neste ramo há mais de 20 anos em nossa cidade e isso contribuiu e muito com mão de obra capacitada e área tecnológica para o desenvolvimento do setor produtivo de alimentos para cães e gatos”, cita.

O prefeito, Junior da Femac, salienta o trabalho da prefeitura, por meio da Secretaria de Indústria e Comércio, para atrair investimentos ao município, além do trabalho de atendimento, cursos profissionalizantes, entre outros incentivos. “Existe um acompanhamento permanente da secretaria e nesse sentido, Apucarana vai se destacando não somente como maior produtor de vestuário, mas também maior produtora de ração animal do Paraná”, destaca. Segundo o prefeito, o conjunto das empresas projetam investimentos da ordem de R$ 150 milhões entre o fim deste ano e 2025.

Entre os investimentos recentes, está a construção de uma nova fábrica e um centro de distribuição da multinacional ADM, anunciadas em julho.

O secretário municipal de indústria e comércio, Edson Estrope, destaca a atração de investimentos de outros segmentos. “Temos também o maior aviário do Brasil, da Borges & Rossa que é fornecedora da JBS com 24 aviários e em torno de 1 milhão de abates a cada 45 dias. Também estamos no segmento agrícola, indústria de peças para tratores em franco crescimento tanto no mercado interno e externo”, salienta.

Paraná é o terceiro maior produtor

Em todo o Estado são 267 indústrias de ração, que empregam 11,1 mil trabalhadores. O estado é o terceiro maior fabricante de ração do País, atrás apenas de Minas Gerais (401) e São Paulo (399). De 2019 para cá, houve um aumento de 22% no número de novas empresas no estado, que passaram de 218 para 267.

Hoje, o Paraná produz cerca de 300 mil toneladas por ano de rações pet, o que corresponde a cerca de 7% de toda a produção nacional, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). A capacidade instalada das fábricas recém-instaladas no Estado, no entanto, indica que este volume deve mais do que dobrar nos próximos anos.

“O Paraná é um dos principais polos agroindustriais do Brasil, com uma produção diversificada que inclui cereais, carnes e outros insumos essenciais para a fabricação de alimentos para animais. Isso garante uma cadeia de suprimentos local robusta e de alta qualidade”, explicou o presidente-executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França.