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Empresa deixa para trás mil toneladas de resíduos têxteis

Da Redação

| Edição de 28 de fevereiro de 2025 | Atualizado em 28 de fevereiro de 2025

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O prefeito Rodolfo Mota assinou nesta sexta-feira (28) a autorização para que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente providencie a destinação ambiental adequada de aproximadamente mil toneladas de resíduos da indústria têxtil e da confecção, acumulados ao longo de 2024 no prédio do extinto IBC da Vila Nova.

O material, rejeitado por empresas do setor têxtil, foi coletado de forma gratuita por uma empresa credenciada pela prefeitura, que deveria garantir a destinação final conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). No entanto, segundo denúncia da atual gestão municipal, a situação gerou um grande passivo ambiental e um risco iminente de incêndio. Além dos resíduos têxteis, o barracão também abriga diversos bens públicos, o que agrava ainda mais o problema.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o armazenamento inadequado representa uma ameaça à população local, pois cria um ambiente propício para a proliferação de animais peçonhentos, além de ratos e baratas. “A empresa credenciada coletou e depositou os resíduos têxteis com o objetivo de transformá-los futuramente em matéria-prima para outros produtos. No entanto, não conseguiu dar destinação a todo o material acumulado”, explicou Diego da Silva, secretário municipal de Meio Ambiente. Segundo ele, a empresa já foi notificada legalmente sobre suas responsabilidades.

O prefeito Rodolfo Mota esteve pessoalmente no prédio do IBC para verificar a situação. “Este local deveria servir como almoxarifado da prefeitura, armazenando equipamentos e maquinários essenciais para a saúde, educação e demais secretarias. No entanto, acabou se transformando em um depósito irregular, literalmente uma montanha de materiais sem valor algum”, criticou Mota. Ele destacou que a autorização para a destinação ambiental adequada faz parte de uma força-tarefa envolvendo as secretarias de Meio Ambiente e Fazenda, além da Procuradoria Jurídica.

Segundo o prefeito, a empresa responsável retirou apenas os resíduos mais valiosos, deixando para trás materiais sintéticos sem valor comercial, que são altamente prejudiciais ao meio ambiente. “A importância do polo têxtil de Apucarana é inegável, e o programa de coleta de resíduos têxteis será retomado. Mas, antes, precisamos enfrentar esse problema e resolver definitivamente esse passivo ambiental herdado. Esse ato irresponsável custará caro para os cofres públicos, mas vamos corrigir essa situação. No futuro, retomaremos o projeto da maneira correta, responsável e com o devido suporte às nossas facções. Mas isso aqui nunca mais vai acontecer em Apucarana”, garantiu Mota.

O material acumulado será encaminhado para um aterro industrial. A contratação emergencial inclui transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, com prazo de execução de 90 dias, conforme requisição da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.