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Paraná terá R$ 6,3 bi maior valor para investimentos em 10 anos

Da Redação

| Edição de 15 de janeiro de 2025 | Atualizado em 15 de janeiro de 2025

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O investimento previsto para 2025 será o maior dos últimos 10 anos em todo o Paraná. Os mais de R$ 6,3 bilhões descritos na Lei Orçamentária Anual (LOA) representam o maior valor já aplicado pelo Estado desde 2015, considerando inclusive a inflação do período. Na prática, isso significa um aumento mais do que expressivo em obras e melhorias em diversas cidades paranaenses ao longo dos próximos meses.

Nominalmente, a cifra já era a maior de todos os tempos no Estado, com um aumento de cerca de 60% em comparação a 2024. Contudo, esse salto também aparece em termos reais. Assim, o investimento previsto para 2025 supera o do ano anterior em 53% e em 26,2% o ano de 2015 em valores reais.

De acordo com o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, essa evolução é justificada principalmente pela boa gestão e pela saúde fiscal que o Paraná conquistou ao longo dos últimos anos. “O Estado fez o dever de casa, colocou as contas em dia e agora tem uma situação confortável de arrecadação e organização fiscal que permite investir mais e mais”, explica. “Isso permite ao Paraná devolver esses avanços de forma prática para o cidadão, entregando melhorias que impactam em sua qualidade de vida”.

O secretário pontua a inédita Capag A+ como um exemplo de reconhecimento desse esforço que se traduz agora nesta cifra recorde. A classificação concedida pela Secretaria do Tesouro Nacional no ano passado avalia a capacidade de pagamento do Paraná como uma das melhores de todo o Brasil, levando em conta critérios como sua liquidez (que mensura justamente a capacidade do Estado de cumprir suas obrigações financeiras e de pagamento), sua poupança corrente e seu endividamento.

“O Paraná tem hoje uma dívida negativa, o que significa que tem capacidade de pagar toda a sua dívida de longo prazo à vista e ainda sobraria um caixa robusto para novos investimentos”, explica Ortigara. “Tanto que nem vamos aderir ao programa de socorro do governo federal aos estados mais endividados”. As medidas sancionadas em âmbito federal incluem uma flexibilização do pagamento das dívidas dos Estados, negociando-as com desconto nos juros e parcelamento em até 30 anos.

O diretor-geral da Secretaria da Fazenda, Luiz Paulo Budal, lista algumas ações adotadas ao longo dos últimos anos que contribuíram para esse cenário positivo, como um maior controle de gastos, otimização de processos e o aperfeiçoamento nas formas de arrecadação e controle. Houve também uma contenção dos gastos com pessoal, assim como nas despesas correntes, que foram limitadas com base na variação da receita corrente líquida a partir do Decreto Nº 5.919/2024.

“No dia a dia, a gestão do recurso público é como na nossa casa: cortando despesa e fazendo a boa gestão da receita. E tudo isso nos trouxe a esse bom momento que temos agora”, afirma Budal.