Mais de 5 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram criados em 27 municípios da região, entre janeiro a setembro deste ano. O saldo, diferença entre as 46,4 mil admissões e 41,3 mil desligamentos, é 43,5% maior que o resultado obtido no mesmo período de 2023, quando 3,5 mil vagas de empregos foram geradas. Os dados são do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O segmento econômico com o melhor desempenho foi a indústria de transformação que gerou a metade das vagas da região, pouco mais de 2,5 mil. Neste contexto estão inseridas empresas de confecção que contrataram 147 funcionários, fábricas de produtos alimentícios (387), empresas de produtos (163), entre outras. O destaque maior foi o setor moveleiro que contratou mais de 1,1 mil trabalhadores neste ano. No geral, a indústria emprega mais de 39,7 mil trabalhadores com carteira assinada na região.
A área de serviços também está entre as que mais geram empregos, com mais de 1,9 mil vagas. O saldo é composto com vagas da administração pública, alojamento, alimentação, informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, transporte, armazenagem, correio, entre outros serviços.
O comércio (209), a construção civil (259), e a agropecuária fecharam o período com saldo positivo de empregos. No geral, o mercado formal regional conta com mais de 106 mil trabalhadores registrados.
No ranking dos municípios Arapongas lidera com o maior saldo, mais de 2,3 mil postos de trabalho no período, seguido por Apucarana com 1,2 mil vagas, jandaia do Sul com 437 vagas e Ivaiporã com 257 (leia o infográfico).
Conforme o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), o saldo de 5 mil novos postos de trabalhos criados na região é o maior saldo acumulado para o período de janeiro a setembro, desde o ano de 2021. O resultado reflete o bom desempenho mantido pelo mercado regional que acompanha o ritmo de crescimento da economia nacional, de forma geral, e paranaense, de forma específica.
“Isto demonstra que a retomada do crescimento econômico está ocorrendo de forma contínua na nossa região. Dos empregos líquidos criados no período a economia araponguense foi responsável por 46,4% do total, seguido da apucaranense, com 24,1%. É observável que o setor industrial está se destacando como o principal criador de novos postos de empregos no ano de 2024, no município de Arapongas que, conjuntamente com o setor de serviços são responsáveis pela quase totalidade dos empregos criados no ano”, pontua o economista.
No mês de setembro a região fechou com 417 vagas de emprego. Os municípios com maior saldo são Arapongas (262), Apucarana (70) e Faxinal (69).
Paraná criou mais de 152,8 mil postos de trabalho
O Paraná foi o terceiro estado do País e o primeiro da Região Sul que mais gerou novos postos de trabalho em 2024 no acumulado entre janeiro e setembro. Foram 152.898 vagas abertas. O Paraná ficou atrás somente de São Paulo (561.042) e Minas Gerais (204.187) no acumulado do ano, estados bem mais populosos. No ano, os setores que mais contrataram no Paraná foram o de serviços (saldo de 77.750), indústria (37.544), construção (19.066) e comércio (17.805). Na agropecuária foram 739 novos postos de trabalho criados. O secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, destaca que as capacitações gratuitas ofertadas pelo Estado têm formando mão de obra para atender o mercado conforme o desenvolvimento de cada setor da economia. “O Paraná apresentou saldo positivo de novos empregos em todos os meses deste ano. Esse desempenho, além de refletir o sucesso das políticas adotadas pelo governo para a promoção do emprego e renda no Estado, também direciona para o aprimoramento de ações de empregabilidade, em especial o incentivo que hoje é dado ao trabalhador para que ele busque o aperfeiçoamento profissional”, afirmou.