De janeiro a outubro deste ano, 145 pessoas foram atacadas por animais peçonhentos nos 17 municípios da 16ª Regional de Saúde, de Apucarana. O maior número de registros se deu por picadas de aranhas, com 57 casos (39%), seguido pelos escorpiões, que atacaram 43 pessoas (29%).
Apesar de as aranhas provocarem o maior número de ocorrências, foi um ataque de cobra que causou uma morte na região. Elias Augusto dos Santos estava em sua casa, no Sítio do Takaki, em Borrazópolis, quando foi picado. Conforme relato de uma testemunha, a esposa dele mexia em um saco de milho para alimentar as galinhas quando se deparou com a serpente que quase a atacou.
A princípio, Elias teria tentado matar o animal, mas foi picado pelo réptil que fugiu em seguida. O agricultor foi encaminhado ao hospital do município e depois transferido para o Hospital da Providência, em Apucarana, mas não resistiu.
Outro morador de Borrazópolis também foi atacado por uma cascavel dentro de sua casa, na Vila Santa, no início de outubro e também foi encaminhado ao Hospital da Providência. No geral, foram 13 ataques de cobras na região.
As abelhas também atacaram 16 pessoas neste ano na região. O caso mais recente, que não entrou ainda nas estatísticas, ocorreu nesta sexta-feira (22). Um trabalhador de 34 anos precisou ser hospitalizado após ser atacado por um enxame no Residencial Interlagos, em Apucarana.
O Corpo de Bombeiros foi acionado. O local foi isolado, após moradores do bairro também serem atacados. Um apicultor foi chamado para ajudar no controle da situação.
Segundo os bombeiros, o trabalhador foi levado para o Hospital da Providência com ferimentos moderados. Ele sofreu várias ferroadas quando roçava um terreno. Ao encontrar um sofá abandonado, o homem encontrou o enxame de abelhas e ocorreu o ataque.
MUNICÍPIOS
O relatório da 16ª RS mostra que todos os municípios da região registraram ataques. Apucarana concentra o maior número de ocorrências, com 51 pessoas atacadas. Na sequência estão Arapongas (19), Faxinal (11), Marilândia do Sul (10) e Kaloré (8).
O número de registros na região, no entanto, é menor na comparação com o mesmo período de 2023, quando foram 257 casos, sendo a maioria de aranhas (106) e escorpiões (63).