O Governo Federal reconheceu situação de emergência em decorrência de estiagem decretada em setembro em Apucarana. O comunicado foi encaminhado ontem à Prefeitura de Apucarana. A medida foi adotada após aumento do número de queimadas e redução dos mananciais de abastecimento de água no município.
A partir de agora, o Município poderá obter apoio financeiro da União e do Estado, para colocar em prática mais ações de conscientização e orientação, especialmente relacionadas a doenças respiratórias e ao aumento da fiscalização sobre as queimadas.
O decreto foi baixado pelo prefeito Junior da Femac no dia 5 de setembro, após reunião com representantes da Sanepar, Autarquia Municipal de Saúde, Defesa Civil e outras secretarias.
De acordo com o prefeito, a medida segue o decreto baixado no início de setembro pelo governador Ratinho Junior. “Levantamos os dados do aumento das doenças respiratórias, da ocorrência de queimadas e também dos baixos volumes de chuva nos últimos meses. Decidimos acatar o decreto do governo do Estado e fazer o decreto municipal de emergência devido à estiagem”, lembra Junior da Femac.
Um dos dados levantados junto à Sanepar foi em relação à grave escassez hídrica. “O período desta estiagem registrou menos 470 milímetros no acumulado de chuva do que estava previsto. Isso vem diminuindo a vazão nos rios e poços artesianos e vamos adotar ações de conscientização, em ações conjuntas com a Sanepar, visando garantir condições de abastecimento na cidade e também em áreas rurais”, justifica o prefeito.
Outra situação que gera preocupação é com relação ao aumento das doenças respiratórias. “De todos os atendimentos realizados nos últimos meses, nas Unidades Básicas de Saúde, UPA e Centro Infantil, apontam que cerca de 70% dos casos são de complicações respiratórias decorrentes da baixa umidade do ar”, reitera o secretário municipal de saúde, Emídio Bachiega. Ele acrescenta que a Autarquia Municipal de Saúde vem alertando e orientando as famílias, como forma de atender a demanda de casos de doenças respiratórias.
“Com o reconhecimento oficial do decreto de situação de emergência, o Município poderá obter apoio do Governo Federal e também do Governo do Estado para promover ações de prevenção na saúde; em relação ao uso racional da água; e ampliar a fiscalização em relação a queimadas”, avalia o prefeito Junior da Femac.