O Palmeiras e a Real Arenas, braço da WTorre que administra o Allianz Parque, chegaram a um acordo ontem e encerraram uma década de brigas e desavenças, com disputas arbitrais e judiciais e abriram, segundo as duas partes, “novas perspectivas para uma parceria ainda mais profissional e vitoriosa em benefício da torcida palmeirense”.
Segundo o clube e a empresa, foram necessárias concessões dos dois lados para que o acordo fosse assinado, assim como “ajustes comerciais e operacionais”. O acordo é benéfico sobretudo ao Palmeiras, que vai receber R$ 117,1 milhões, sendo R$ 50,1 milhões pagos à vista ao clube. Esse valor era o que a WTorre devia ao clube depois que deixou de fazer repasses referentes à receita pelo uso da arena palmeirense.
O clube também se beneficia por causa da cessão de propriedades da arena e da ampliação do Gol Norte, onde ficam as torcidas organizadas. O setor será aberto e vai comportar mil torcedores em um espaço que é ocioso desde a inauguração da arena, o que vai aumentar a capacidade do Allianz Parque em dias de jogos. Existe a expectativa de que, nesse espaço, seja montado um setor popular, uma promessa de diferentes diretorias.
Divergências em relação às cadeiras cativas e outros espaços também foram resolvidas, segundo o clube, assim como tudo que estava em discussão na arbitragem aberta em 2017. “Após dez anos de discussões, a nossa gestão concretizou um acordo justo, benéfico a todos e fundamental para o futuro desta parceria, que tem mais 20 anos pela frente”, disse a presidente Leila Pereira. “Nosso compromisso é construir um Palmeiras cada vez mais vencedor e, para isso, queremos caminhar lado a lado com a WTorre.”