POLÍTICA

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Polícia Federal investiga crimes de caixa dois e compra de votos

Da Redação

| Edição de 03 de outubro de 2024 | Atualizado em 03 de outubro de 2024

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Desde o dia 16 de agosto, quando começou oficialmente a campanha eleitoral, a Polícia Federal já abriu 660 inquéritos para investigar crimes eleitorais. Na média, 14 inquéritos foram abertos por dia. As acusações mais comuns se referem ao crime de caixa dois, objeto de 155 apurações. O caixa dois é caracterizado pela movimentação não declarada à Justiça eleitoral de recursos financeiros.

Em segundo lugar, aparecem as investigações por compra de voto (126) e por tentativa de inscrição eleitoral fraudulenta (84). Além disso, a PF apura 76 casos de apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral e 70 de difamação eleitoral.

O Rio de Janeiro é o estado onde a PF abriu mais investigações por crimes eleitorais. Dos 129 casos instaurados no estado, 57 são de apropriação de recursos para financiamento eleitoral. O Rio de Janeiro é seguido pelo Paraná (91), por São Paulo (65), pelo Ceará (47), pelo Rio Grande do Sul (26), pelo Distrito Federal (25), mesmo sem ter eleição municipal, e por Goiás (25). Até o momento, 42 pessoas foram detidas. Os dados parciais constam do painel de Eleições da Polícia Federal.

Nesta quinta-feira, a PF iniciou uma operação em Parintins, Amazonas, com o objetivo de desarticular uma associação entre integrantes de facções criminosas e agentes públicos suspeitos de crimes eleitorais em apoio a uma candidatura local. As investigações indicam que policiais militares estariam colaborando com o grupo para favorecer uma chapa na disputa pela prefeitura.

Também nesta quinta foi deflagrada a Operação Nômade Eleitoral, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa dedicada a cooptar pessoas para alistamento eleitoral ou mudança de domicílio eleitoral do município de Santa Cruz para Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Ainda na manhã desta quinta, a PF desencadeou uma operação em Sergipe contra um grupo acusado de operar um esquema de compra de votos. Foram apreendidas listas com nomes de eleitores, o que sugere, conforme os investigadores, a estruturação do esquema.