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​ Arapongas discute como evitar desabastecimento

Da redação

| Edição de 15 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O prefeito interino de Arapongas, Jair Milani, convocou uma reunião na manhã de ontem com os gerentes regionais da Sanepar e da Copel. A prefeitura pediu explicações a respeito da falta de água e discutiu medidas com o objetivo de evitar que o desabastecimento continue ocorrendo. Na noite do último sábado (12), devido à falta de energia elétrica na estação de captação da Sanepar, o fornecimento de água foi suspenso em toda a cidade, só voltando na noite de domingo. O fato gerou revolta na população e muitas críticas, principalmente através das redes sociais.

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“Não é possível que esse tipo de coisa continue ocorrendo com tanta frequência. Sabemos que toda atividade está sujeita a problemas técnicos, mas é preciso que se aponte soluções, pois nosso contrato prevê sanções”, assinalou Jair Milani.
Conforme o gerente da Copel, Marcos Alberto Rodrigues, a queda de uma árvore teria sido a causa inicial para o corte no fornecimento de energia na estação de captação da Sanepar. “Agora realizaremos uma vistoria ainda mais detalhada nesta linha a fim de detectar potenciais problemas que possam causam desligamentos futuros, que é o que nós não queremos”, acrescentou. Outras opções de interligações serão analisadas por técnicos da Copel para que sejam evitadas interrupções ou facilitadas manobras mais rápidas de manutenção. 
Segundo a Sanepar, o longo período sem energia elétrica prejudicou a produção de água e desabasteceu toda a cidade. “Uma vez a cidade desabastecida, precisamos de dois a três dias de produção para normalizar tudo. Arapongas conta com um nível de produção de água suficiente”, salientou o gerente regional Rogério Pazoto. Ele esteve na Prefeitura acompanhado por Gandy Ney de Camargo, técnico em Edificações. 
Os dois gerentes foram questionados se um gerador não garantiria a energia em situações de emergência. Os gerentes informaram que um gerador capaz de fazer funcionar os equipamentos na subestação seria grande e dispendioso. Além disso, o gerador ficaria ocioso no município por muitos dias. Milani também solicitou um estudo técnico para manejo das árvores e solução de qualquer outro problema que possa interromper o fornecimento de energia na estação de captação. Também foi firmado compromisso de maior atenção à região Sul da cidade, considerada a maior atingida durante a recente falta de água.

FISCALIZAÇÃO
O procurador jurídico considerou a reunião produtiva, mas advertiu ao final que a falta de energia não isenta a Sanepar de manter o regular fornecimento de água. “Por se tratar de serviço público, ela tem que estar preparada para essas ocorrências. Não cabe a alegação de caso fortuito ou força maior, pois a responsabilização é objetiva”, destacou Rafael Cita, frisando que o Procon também está acompanhando o caso