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Mortalidade infantil reduz 34% na região

Renan Vallim

| Edição de 19 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O índice de mortalidade infantil na área da 16ª Regional de Saúde (RS) caiu 34% em 2018, em comparação com o ano anterior. O coeficiente de óbitos de crianças com menos de um ano a cada 1 mil nascidos vivos passou de 13,06, em 2017, para 8,62 no ano passado. O índice ficou dentro dos parâmetros tidos como aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Imagem ilustrativa da imagem Mortalidade infantil reduz 34% na região

Os números são da 16ª RS. Dos 4.988 bebês nascidos nas cidades da região no último ano, 43 morreram antes de completarem um ano, o que resulta no índice de 8,62 mortes a cada 1 mil nascidos vivos. No ano anterior, foram 5.053 nascimentos, com 66 óbitos registrados, coeficiente de 13,06. Nove dos dezessete municípios da área de abrangência da Regional não registraram nenhuma morte infantil no ano passado: Bom Sucesso, Borrazópolis, Grandes Rios, Kaloré, Marilândia do Sul, Novo Itacolomi, Rio Bom, Sabáudia e São Pedro do Ivaí. O índice mais alto foi registrado em Marumbi, com coeficiente de 19,6 e um registro de óbito.
A queda na mortalidade na regional se deve, em boa parte, pela redução no índice de mortalidade de Apucarana, que concentrou, ano passado, 34% dos nascimentos de toda a regional. De 2017 para 2018, o índice recuo 39,8%. Foram 1.786 nascimentos em 2017, com 33 mortes infantis, resultando em coeficiente de 18,48. Em 2018, nasceram 1.707 crianças e foram registradas 19 mortes, resultando em um coeficiente de 11,13 mortes a cada 1 mil nascidos vivos.
Coordenadora da Escola da Gestante, a enfermeira obstétrica Maria Aparecida das Neves afirma que a queda dos números é consequência de uma intensificação nas atividades da unidade e também a descentralização do acompanhamento das mulheres grávidas. 
“Em 2018, intensificamos a descentralização da Escola da Gestante. Hoje, das 1,3 mil mulheres grávidas sendo acompanhadas pelo município, 960 vem até a Escola. As restantes são atendidas em uma das oito Unidades Básicas de Saúde que oferecem o serviço. Elas recebem o suporte mais próximas de suas casas, precisando se deslocar até a Escola da Gestante apenas em casos de risco”.
PRÉ-NATAL
Ela destaca que a meta para 2019 é chegar a um índice de um dígito. “Para isso, vamos continuar intensificando as ações junto às gestantes, mostrando a importância do pré-natal, aumentando a oferta de exames e de orientações”, ressalta.
A dona de casa Lauanda Garcia da Silva, grávida de dois meses, é uma das mulheres que são atendidas na Escola da Gestante. “Acho excelente o serviço que é ofertado a nós grávidas aqui. Tudo o que quero é que meu filho venha com saúde. Por isso, é importante realizar o pré-natal e seguir as orientações dos profissionais”, diz ela.

Meta é redução do coeficiente para um dígito
Em Arapongas, o índice se manteve praticamente no mesmo patamar. Foram 1.589 partos em 2017, com 16 mortes com menos de um ano, resultando em um índice de 10,07 mortes a cada 1 mil nascidos vivos. Em 2018, foram 1.587 nascimentos, com 17 óbitos e índice de 10,71.
O secretário de Saúde do município, Moacir Paludetto Júnior, afirma que a manutenção do índice é um resultado positivo. “Nossa maternidade, a Santa Casa, passou por dificuldades sérias neste último ano e, mesmo assim, não tivemos aumento significativo do índice, o que avaliamos como satisfatório. Para 2019, nossa meta é baixar para um dígito. Para isso, vamos aumentar as ações de saúde primária, com visitas domiciliares às gestantes, e levantar os casos evitáveis de mortalidade infantil para saber quem são, onde moram estas mulheres e quais as causas. Assim, poderemos atacar as causas da mortalidade e reduzir os índices”.