POLÍTICA

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Richa chora e recebe gritos de "honesto" dos aliados

Editoria de Política

| Edição de 19 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ex-governador Beto Richa (PSDB), candidato ao Senado, reuniu aliados ontem em Curitiba. Participaram prefeitos, ex-prefeitos e lideranças de todo Estado. Foi a sua primeira reunião política após deixar a prisão. Ele ficou quatro dias detido por suspeita de fraudes no programa “Patrulha Rural”. 

Imagem ilustrativa da imagem Richa chora e recebe gritos de "honesto" dos aliados


Richa discursou por 48 minutos. Ele retomou números de sua gestão à frente do Palácio Iguaçu, criticou a operação do Grupo de Atuação Especial no Combate à Corrupção (Gaeco) que o levou à prisão e garantiu que manterá sua campanha ao Senado, mesmo após o anúncio da governadora Cida Borghetti (PP), candidata à reeleição, pedindo a retirada do seu nome da coligação. 
Richa foi preso pelo Gaeco no âmbito da operação Rádio Patrulha na terça-feira passada e ganhou direito à liberdade por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. As investigações apontam que ele estaria à frente de um esquema de fraudes na licitação do programa Patrulha no Campo, mas o tucano nega.
Os discursos de apoio a ele eram interrompidos por aplausos e exclamações de “honesto” e “viva o nosso futuro senador”. Emocionado, Richa chegou a chorar.
“Pode ter certeza de que esse momento jamais sairá da minha mente. É nessas horas que a gente conhece quem são os verdadeiros amigos. Infelizmente, alguns se afastaram”, disse Richa referindo-se, entre eles, à sua ex-vice governadora Cida Borghetti. 
Richa leu o texto de sua propaganda eleitoral que foi ao ar na segunda-feira à noite e falou sobre a prisão. “Vocês não conseguem imaginar o terror que foram esses dias. Invadiram a minha casa como se fosse uma operação de guerra”, disse. “A imprensa sabe que fomos vítimas de uma truculência, mas é reticente em admitir porque nós políticos somos uma espécie a ser extinta. Mas a Justiça do Paraná vai reconhecer minha inocência”.