A prefeitura de Faxinal está dando início a um processo que visa resolver um problema de décadas em relação à destinação de lixo. Ontem, foram entregues os equipamentos de uma usina de reciclagem. Os investimentos previstos superam R$ 1,1 milhão e incluem a remediação do antigo lixão e a implantação da coleta seletiva a partir do ano que vem.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Oliveira Machado Oliveira, os equipamentos para a usina foram adquiridos graças a uma parceria entre município, Instituto das Águas e Provopar, dentro do programa Reciclo, e vão beneficiar os associados da Cooperativa de trabalho de Recicláveis de Faxinal (Cooperfax).
“A prefeitura ficou responsável pela construção do barracão no aterro e pela implantação do programa. Além disso, o programa vai fornecer um caminhão exclusivo para coleta seletiva”, comenta. Os equipamentos da usina e o veículo totalizam cerca de R$ 510 mil em investimentos.
Atualmente, Faxinal produz 290 toneladas de resíduos por mês. O lixo doméstico é coletado pela prefeitura e não há coleta separada para o material reciclável. Todo material segue para o aterro da cidade onde os catadores atuavam de maneira irregular.
Segundo o secretário, o projeto foi iniciado no ano passado, com a formalização da cooperativa e treinamento dos trabalhadores, que foram capacitados para atuar com os equipamentos da usina, que conta com esteira, prensas, empilhadeira, entre outros itens.
Segundo secretário, além da construção do barracão, a prefeitura está iniciando o processo de remediação do antigo lixão e ampliação do aterro. “Contratamos uma empresa especializada para nos auxiliar no processo”, afirma o secretário. Ele estima que as obras vão requerer investimento de R$ 600 mil.
A partir da formatação da usina e com caminhão de coleta, a prefeitura pretende implantar a partir de janeiro a coleta seletiva após uma campanha de conscientização para mobilizar a população em torno da reciclagem. “Esse é um passo muito importante que o município está dando. Estamos muitos anos atrasados nessa questão dos resíduos”, admite o secretário.