POLÍTICA

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​ OAB recomenda afastamento de Moro e Dallagnol

Da redação

| Edição de 11 de junho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai recomendar o afastamento temporário de suas funções do ministro da Justiça, Sergio Moro, do coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e dos demais procuradores da República citados na série de reportagens do The Intercept Brasil, até o encerramento das investigações sobre o vazamento troca de mensagens. 
Em nota divulgada ontem à tarde, o conselho federal da entidade defende “investigação plena, imparcial e isenta”, diante da “gravidade dos fatos” e do que chama de “possível relação de promiscuidade” na condução de ações penais no âmbito da Lava Jato.
“A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal -com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente-, seja formado juízo definitivo de valor”, diz o texto.
A entidade também afirma ter ficado “perplexa” não só pelo conteúdo das conversas gravadas, “que ameaçam caros alicerces do Estado democrático de Direito”, mas também pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido hackeadas, “com grave risco à segurança institucional”.
Para a OAB, a eventual investigação do caso deve preservar a independência e imparcialidade do Poder Judiciário, a liberdade de imprensa e a prerrogativa Constitucional de sigilo da fonte. “Tudo como forma de garantir a solidez dos pilares democráticos da República.” 
Mensagens atribuídas ao ex-juiz Sergio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal (MPF), divulgadas neste domingo pelo site, mostram que os dois trocavam colaborações quando integravam a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Moro afirmou ontem em Manaus que não viu “nada de mais” nas mensagens que ele trocou com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba.
 (FOLHAPRESS)