Em uma galáxia distante, vive o chamado “CEO” de uma empresa. O título brilha em seu cartão de visitas, rodeado por nomes de grupos sociais importantes, como se fossem medalhas de honra. Seu escritório é uma obra de arte corporativa, com uma poltrona que parece gritar: “Rei do Mundo”. Passa os dias contemplando gráficos e tabelas, analisando tudo… e decidindo nada.
Por quê? Porque ele precisa pedir permissão ao dono da empresa para qualquer decisão relevante. Qualquer uma. Inclusive, parece que, se fosse possível, pediria autorização até para tomar café. É como um aluno pedindo ao professor para ir ao banheiro. Um espetáculo tragicômico que revela um diagnóstico claro: ausência de governança.
Governança não é luxo nem uma palavra bonita para impressionar em reuniões. É a base que dá autonomia a quem lidera e cria um sistema onde as decisões têm lógica, coerência e respaldo.
E aqui entra a questão fundamental: orçamento. Um CEO de verdade, com autonomia de verdade, precisa de um planejamento orçamentário sólido. Não estamos falando de uma pilha de números sem alma, mas de um guia estratégico. Um orçamento bem-feito é a trilha de segurança que permite decisões independentes e responsáveis, sem a necessidade de consultar o “alto escalão” a cada passo.
Mais do que isso, o orçamento é a bússola que alinha todas as áreas e transforma estratégias em ações práticas e consistentes. Ele não é uma prisão, mas a chave para liberdade responsável, que conecta visão e execução de forma estruturada.
A solução é clara: capacitação, planejamento financeiro sólido e governança real. Assim, o “rei do escritório” pode finalmente sair do papel de súdito e liderar com impacto. E você, gestor, quer governar ou continuar pedindo licença para existir?