Só depois do dia 13 de dezembro a Justiça Eleitoral da 28ª Zona de Apucarana poderá decidir sobre a ação de investigação eleitoral movida pela Federação da Esperança, comandada pelo PT, que acusa o Podemos de ter inscrito “candidata laranja” para cumprir a quota de mulheres em sua chapa de vereadores. O partido não elegeu ninguém. A audiência de instrução realizada na última sexta-feira não conseguiu ouvir todas as testemunhas arroladas no processo. Novos depoimentos ficaram marcados para o dia 13 de dezembro. Na audiência a suposta candidata “laranja” disse ter enfrentado problemas de saúde na família, dificuldades na documentação para abertura de conta e acesso ao fundo eleitoral, o que a teria impedido de fazer campanha. A candidata negou o tempo todo ter sido “laranja”, alegando que todos embaraços enfrentados na vida pessoal a impediram até de formalizar o ato de desistência.
Ajuda com reciprocidade
Aproveitando a passagem do deputado estadual Anibelli Neto (MDB) por Apucarana, o prefeito eleito Rodolfo Mota teve uma rápida conversa com o parlamentar, quando pediu seu apoio à sua administração. Anibelli, que tem entre seus estigmas prestigiar seus companheiros de partido, disse ao Rodolfo que vai ajudá-lo na medida que o prefeito eleito prestigiar os vereadores de seu partido, no caso os emedebistas Danylo Acioli e Sidnei da Leve Limp. Anibelli foi curto e grosso. O recado agradou não só os vereadores do MDB, como o próprio atual prefeito Junior da Femac (MDB), também presente na conversa. Rodolfo na verdade já tem dois deputados estaduais para chamar de seus, Do Carmo (União Brasil) e Delegado Jacovós (PL). O deputado Do Carmo, aliás, teve sua irmã, Ana Paula Donato, de Maringá, anunciada por Rodolfo Mota como nova secretária municipal da Educação.
Festa e emendas em Califórnia
Para comemorar os 70 anos de criação do município, o prefeito de Califórnia, Paulo Wilson Mendes, ao término de seu quarto mandato à frente da Prefeitura, resolveu abrir os cofres para fazer uma grande festa com atrações nacionais. Conhecido por ser extremamente seguro em seus gastos, Paulinho teve o apoio da Secretaria de Estado do Turismo e ainda recebeu dois grandes presentes do deputado federal licenciado e secretário de Estado da Saúde, Beto Preto: uma pá carregadeira, comprada através de emenda parlamentar, e um repasse de R$ 1 milhão para recape asfáltico. Vale lembrar que Beto Preto foi secretário municipal de Saúde de Califórnia em uma das primeiras gestões de Paulinho, no início dos anos 2000. Na eleição deste ano, o prefeito de Califórnia não ganhou, nem perdeu. Ficou neutro. O sucessor dele é o Paulo da Padaria (PSDB), com 37,72% dos votos.
Só disputa presidência
Está definitivamente descartada qualquer possibilidade do governador Ratinho Junior (PSD) disputar uma das duas vagas de Senador pelo Paraná em 2026. Ratinho bateu o pé: ou é candidato a presidente da República ou nada. Vai mesmo disputar a presidência, não importa quem sejam os adversários. O governador paranaense tem dois trunfos na mão para convencer o eleitorado brasileiro: transformou o Paraná na quarta economia do país, superando o Rio Grande do Sul, e tem em seu pai, o apresentador Ratinho, um grande cabo eleitoral. Para preencher as duas vagas de senador, o governador Ratinho Junior tem muitas alternativas em seu grupo político. A decisão em relação aos nomes só deve ser tomada no segundo semestre de 2025, quando também anunciará o seu candidato a sucedê-lo no Palácio Iguaçu. Dos atuais três senadores do Estado, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães encerram mandato.
Relações estremecidas?
O deputado federal licenciado e atual secretário de Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros (PP), estaria com as relações estremecidas com o Palácio Iguaçu, segundo se comenta nos bastidores da política paranaense. O parlamentar não deve continuar comandando a secretaria a partir de 2025. Vai retornar à Câmara Federal. Para o seu lugar pode ir um outro maringaense, o atual prefeito Ulisses Maia (PSD). Ele e Ricardo Barros já foram companheiros de partido no passado. Na eleição de prefeito em 2020, quando Ulisses se reelegeu, o grupo de Ricardo Barros lançou a coronel Audilene como candidata a prefeita, que fez apenas 9,60% dos votos, não conseguindo ir para o segundo turno, que acabou ficando com Homero Marchese com 18,85% dos votos. No segundo turno, Ulisses fez 56,85% dos votos e Homero repetiu exatamente a mesma votação do primeiro turno.