O Brasil dá início à sua jornada na Copa América de futebol feminino neste domingo (13), enfrentando a Venezuela. A partida, que será transmitida ao vivo pela TV Brasil, acontece às 21h (horário de Brasília) no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito, no Equador.
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O confronto faz parte do Grupo B, que também inclui Bolívia, Paraguai e Colômbia. No Grupo A, estão Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Equador.
Favoritismo brasileiro
Com um histórico impressionante de oito títulos em nove edições, o Brasil entra na Copa América com a responsabilidade de manter sua hegemonia. O técnico Arthur Elias destaca que a seleção tem a obrigação de vencer, mas reconhece o crescimento do futebol sul-americano.
"Encaro [a Copa América] como uma competição que nós temos, sim, a responsabilidade de vencer. O Brasil venceu oito de nove [edições], então não podemos fazer diferente. Queremos que a seleção evolua e conquiste mais do que conquistou. Mas entendendo que o futebol sul-americano, assim como no mundo inteiro, cresceu", declarou o comandante do time canarinho em entrevista coletiva.
Por outro lado, a atacante Amanda Gutierres ressalta que, apesar do favoritismo, a equipe deve se concentrar em seu desempenho em campo: "Sabemos que é sempre uma competição muito disputada. Muitos nos veem como favoritos, mas isso é algo externo. Dentro de campo, precisamos impor nosso futebol para garantir os melhores resultados".
O encontro com a Venezuela também marca um reencontro para o técnico Arthur Elias, que enfrentará Ricardo Belli, técnico brasileiro que já trabalhou no Palmeiras e agora comanda a seleção venezuelana.
"Agora é diferente. Estamos em seleções. Independente de termos nos enfrentado, estudamos cada adversário. Vemos o que tem feito nos últimos jogos e tentamos prever o que podem fazer contra o Brasil", declarou Arthur Elias.
Oportunidade de renovação
A competição também serve como um palco para a renovação da seleção brasileira, com o técnico Arthur Elias já de olho na Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil. Entre os novos talentos, destaca-se Jhonson, de 19 anos, que busca firmar seu lugar na equipe principal.
"Minha expectativa está enorme. Quero segurar um pouco a emoção de disputar a minha primeira competição profissional com a seleção brasileira. Estou um pouquinho nervosa também, mas vai dar certo. O grupo está muito unido, todo mundo feliz, confiante no nosso trabalho", declarou a jovem atacante.
Copa América
A Copa América reúne as 10 seleções filiadas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), divididas em duas chaves de cinco times. O Brasil está no Grupo B. As brasileiras ainda terão pela frente a Bolívia (no dia 16 de julho a partir das 18h), o Paraguai (no dia 21 de julho às 21h) e a Colômbia (no dia 25 de julho novamente às 21h).
No Grupo A figuram Argentina, Chile, Peru, Uruguai e o Equador. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam às semifinais, previstas para os dias 28 e 29 de julho. A decisão está agendada para o dia 2 de agosto.
Diferentemente de outras ocasiões, a Copa América não classificará para a Copa do Mundo Feminina. O torneio no Equador, porém, garante vaga para os finalistas na Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028, enquanto os cinco melhores asseguram lugar nos Jogos Pan-Americanos de 2027, em Lima, no Peru. Já a classificação para o Mundial Feminino de 2027 no Brasil ocorrerá, pela primeira vez, por disputa de Eliminatórias, valendo duas vagas diretas e outra duas na repescagem.
Maior campeão, o Brasil deixou escapar o título da Copa América somente uma vez, há 19 anos, quando a taça foi para as mãos da Argentina - as brasileiras ficaram com o vice-campeonato. A seleção verde e amarela retomou a hegemonia em 2010 e chega a Quito após quatro conquistas seguidas. A última delas na Colômbia, em 2022, superando as anfitriãs na decisão. Na história, o time canarinho acumula 50 jogos pela competição, com 47 vitórias, um empate e duas derrotas. São 268 gols anotados e apenas 18 sofridos.
Com informações da Agência Brasil