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PM que matou marceneiro em Parelheiros é afastado

(via Agência Brasil)

| Edição de 07 de julho de 2025 | Atualizado em 07 de julho de 2025

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O policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, responsável por disparar um tiro fatal na cabeça do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi afastado de suas funções operacionais.

O trágico incidente ocorreu na noite de sexta-feira (4), quando o marceneiro foi confundido com assaltantes enquanto tentava proteger sua moto. O episódio se desenrolou na Estrada Ecoturística de Parelheiros, localizada na zona Sul de São Paulo.

O policial, que serve no 12º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, foi inicialmente detido em flagrante sob a acusação de homicídio culposo, mas acabou sendo liberado após o pagamento de fiança.

De acordo com o boletim de ocorrência, o policial relatou que estava em sua moto quando foi abordado por suspeitos armados. Ao reagir aos tiros durante o suposto assalto, Guilherme foi atingido e morreu no local. A vítima estava a caminho de um ponto de ônibus após um dia de trabalho.

"O caso foi registrado como homicídio e está sob investigação por meio de um inquérito policial conduzido pelo Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) de Guarulhos, que realiza diligências para identificar e localizar os responsáveis, além de esclarecer os fatos. Detalhes adicionais estão sob sigilo", informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em nota.

Em outra nota, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Mauro Caseri, comunicou que um procedimento foi aberto e encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar, solicitando informações sobre as medidas adotadas pelo órgão.

A ouvidoria também requisitou ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo (DHPP) documentos como a portaria e o relatório de conclusão do inquérito policial, laudo necroscópico com representações gráficas da vítima, laudos periciais do local do crime, exame balístico e exames residuográficos, além de imagens de câmeras de monitoramento da área e informações sobre a distribuição judicial do caso.

Adicionalmente, um ofício foi enviado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) para que a Polícia Civil investigue possíveis motivações raciais no incidente, uma vez que Guilherme era negro.



Com informações da Agência Brasil