A 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana, confirmou nesta quarta-feira (9), que investiga duas mortes suspeitas por dengue. Os dois pacientes eram moradores de Apucarana que testaram positivo para doença e faleceram nos meses de janeiro e abril.
Conforme a regional, entre os óbitos está o de uma mulher, de 35 anos, que tinha comorbidades como síndrome de Down, diabetes e hipertensão, que faleceu em 17 de janeiro. A morte é analisada pelo comitê estadual da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em Curitiba. O outro paciente é um homem, de 78 anos, que era cardiopata e tinha sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele morreu em 8 de abril.
Conforme o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 16ª RS, Marcelo Viana, os casos são investigados por comitês na esfera municipal, regional e estadual para onde são direcionados casos mais complexos, como a morte da paciente com síndrome de Down. As comissões são formadas por profissionais da saúde, como enfermeiros e médicos que analisam exames, prontuários entre outras informações que podem indicar a causa da morte.
“É uma análise complexa que avalia exames e prontuários dos pacientes no hospital, por isso é demorado. Existe essa discussão e análise porque, embora a pessoa teste positivo para dengue, a doença pode não ser a causa da morte. Por exemplo, existem pacientes com muitas comorbidades, problema pulmonar, insuficiência cardíaca, as vezes é idoso e já estava em uma situação crítica. No atestado de óbito constam várias causas e, às vezes, fizeram o teste e positivou para dengue. Então, o fato de a dengue constar no atestado de óbito nem sempre quer dizer que foi a dengue que causou a morte. É uma discussão muito ampla e complexa”, explica Viana.
ALTA DE 39% NOS CASOS EM APUCARANA
Último boletim divulgado pela Sesa aponta alta de 39% nos casos da doença em Apucarana, passando de 314 para 437 em apenas uma semana. Até o momento nenhuma morte pela doença foi confirmada pela Sesa, órgão oficial para divulgação de dados.
Nesta semana, a Prefeitura de Apucarana colocou em funcionamento pronto atendimento 18 horas específico para atender pacientes com sintomas.
Aplicação de fumacê é iniciada
Caminhonetes e equipamentos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciaram ontem em Apucarana a aplicação de inseticida contra o mosquito da dengue. O “fumacê” irá percorrer 70 bairros da cidade, em cinco ciclos, num prazo de 20 a 25 dias. O prefeito Rodolfo Mota e o diretor da 16ª Regional de Saúde, Lucas Leugi, acompanharam o início dos trabalhos.
Ao participar da abertura da operação com os veículos do fumacê, o prefeito Rodolfo Mota pediu o efetivo engajamento da população, para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti, não deixando água parada em suas casas. “Estamos aqui acompanhando o início desta operação, trabalhando em parceria com a Sesa e a Regional de Saúde, começando aqui pelo Parque Bela Vista e região, aonde foi detectada grande incidência de focos e pessoas contaminadas”, pontuou Mota, conclamando a população a lutar junto para vencer essa guerra.
O chefe da 16ª Regional de Saúde, Lucas Leugi, destacou que a recomendação para uso do fumacê foi feita pelo secretário de estado da saúde, Beto Preto. “O quadro justifica essa operação e esperamos evitar o que foi registrado nos últimos meses de 2024, quando Apucarana enfrentou uma epidemia de dengue, com o registro de muitos óbitos”, frisou Lucas Leugi.