Presos durante a Operação “Baby Shark” em Apucarana, três chefes da quadrilha “Tropa do Tubarão” foram transferidos para uma penitenciária federal de segurança máxima. A informação foi divulgada ontem pelo delegado-adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP), André Garcia, e pelo delegado-operacional Ricardo Monteiro de Toledo.
A operação deflagrada em agosto resultou na prisão de 54 pessoas, incluindo os líderes do grupo criminoso e gerentes do tráfico. Segundo o delegado André Garcia, os três líderes - dois irmãos e um gerente - foram transferidos de presídios estaduais para o sistema federal, dois nesta segunda-feira (25) e um já no último domingo (24). Um foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Os demais não tiveram o presídio informado.
“É um passo bastante importante, não só para a investigação, mas também para a segurança pública de Apucarana e da região. Estando nesse estabelecimento penitenciário (de segurança máxima), eles certamente ficarão incomunicáveis, o que dificulta muito o ressurgimento dessa organização criminosa”, diz o delegado-adjunto André Garcia.
A Justiça também determinou alienação antecipada dos bens apreendidos durante a Operação Baby Shark. Com isso, nove veículos luxo sequestrados vão para leilão. “Esses veículos foram adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas e avaliados em aproximadamente R$ 470 mil. Esses valores vão ficar em uma conta judicial aguardando trânsito em julgado da sentença condenatória desses indivíduos e, posteriormente, uma parte considerável desse valor vai ser direcionado para a Polícia Civil para aquisição de tecnologias para o combate ao tráfico de drogas”, disse o delegado Ricardo Monteiro.
O Poder Judiciário também determinou a alienação de quatro imóveis. “Esses imóveis não estavam em nome dessas lideranças. Eles mantinham esses imóveis em nome de terceiros, no intuito de que não fossem alcançados pela Justiça, mas o trabalho da Polícia Civil conseguiu demonstrar que esses imóveis eram deles e que foram adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas”, disse. (FERNANDO KLEIN)