O Pix bateu recorde de transferências em Apucarana, com movimentação superior a R$ 12,9 bilhões no ano passado. O valor representa alta de 40,6% com ano anterior, quando R$ 9,1 bilhões milhões circularam por meio da ferramenta de transação. Em quatro anos, as transferências realizadas por pessoas físicas e jurídicas ultrapassaram R$ 32 bilhões no município. Os números são do Banco Central (BC).
Para a empresária Aída Assunção, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), a ferramenta se consolidou como uma das principais formas de transferir dinheiro, um divisor de águas na transação monetária. “Eu divido o meu comércio antes e depois do Pix. Ninguém perde mais nada. É o pagamento que chega antecipado e se tornou fundamental, necessário e importantíssimo porque facilitou a vida do lojista”, ressalta.
Na livraria da empresária Rosângela Tórmina, 90% dos pagamentos são recebidos via Pix o que, segundo ela, ajudou a reduzir a inadimplência. “O Pix facilitou muito para nós do comércio. Porque não temos mais notinha, facilitou o troco, inclusive hoje quase não temos inadimplência, porque a pessoa não pode dizer que esqueceu a carteira porque o celular está sempre na mão”, afirma.
Na opinião do economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) a ferramenta proporciona inúmeras vantagens, como a rapidez da transação. Outra vantagem é que a operação não requer autorização, basta ter o dinheiro disponível na conta.
“Essa forma atualizada e ágil de pagamento representa um marco significativo na evolução tecnológica, superando as expectativas de apenas alguns anos atrás. No entanto, isso é apenas o início. Para que esses avanços continuem a se aperfeiçoando é fundamental que empresas e usuários os adotem. Dessa forma, a sociedade pode avançar de maneira segura em direção à atualização e modernização em todas as áreas produtivas, de consumo e atividade econômica, impulsionando o progresso contínuo”, salienta.
Na semana passada, o Banco Central anunciou medidas para ampliar a segurança no uso da ferramenta. De acordo com o Banco Central, cerca de 8 milhões de chaves PIX vinculadas a pessoas físicas estão com alguma inconsistência no cadastro, comparando com a base de dados da Receita Federal. As falhas mais comuns são a grafia errada de nomes ou morte do titular do CPF.
“Essas regras são importantes para medir a eficiência dos produtos, para coibir possíveis fraudes e fechar brechas de interferências nos meios eletrônicos. Elas visam aprimorar e estabelecer novos parâmetros de segurança e oferecer maior confiabilidade a este meio de pagamento”, enfatiza.
O banco ou a instituição financeira terá um prazo para analisar a lista e derrubar a chave PIX dos CPFs ou CNPJs com cadastro irregular na Receita. Seja porque estão suspensos, cancelados, anulados ou cujo titular tenha falecido. Ou, no caso do CNPJ, suspensos, inaptos, anulados ou baixados, ou seja, quando a empresa for encerrada.