Reunir cinco amigos em um bar já parece uma tarefa quase impossível nos dias de hoje, então imagine quase 300 pessoas? É o que a família Labigalini-Labegalini fará neste domingo (02) de Carnaval em Kaloré, no Vale do Ivaí. Neste ano, o encontro vai comemorar 130 anos da chegada dos primeiros descendentes para o Brasil.
O encontro anual, que está em sua 5ª edição, reúne pessoas de várias cidades da região, como Apucarana, Marumbi, Arapongas e Borrazópolis. Familiares de outros estados e até dos Estados Unidos, Argentina e da própria Itália, de onde os primeiros imigrantes partiram, já estão com as malas prontas para participar da festa.
O domingo dos Labigalini-Labegalini será regado a brincadeiras, música e atualizações dos últimos acontecimentos da família. Para Rubens Cesar Labegalini, de 60 anos, que faz parte da comissão organizadora, a ocasião é uma ótima oportunidade para os novos integrantes da família se conhecerem. “Vou além: nós temos a família como base de tudo, onde toda a educação é construída. Com esses encontros, nós demonstramos a importância de reunir a família, porque quando a gente encontra os parentes, nós nos reconhecemos. Há toda uma sensação de pertencimento e uma troca de experiências muito boa”, acrescenta ele.
A confraternização, que promete virar uma tradição, reúne os descendentes dos quatro irmãos, Angelo, Luigi, Giovanni e Giuseppe Labigalini, que, em 1895, vieram de Vobarno, Brescia, na Itália, para o Brasil. Segundo Simone Travagin Labegalini, 55 anos, que também faz parte da comissão organizadora, é essencial que a família entenda como foi a vinda dos seus antepassados para o país.
“Nós temos que saber porque os avós e bisavós saíram da Itália para o Brasil. Eles estavam enfrentando uma guerra, passando sérias necessidades e venceram. Por isso, deixaram uma história tão bonita para nós. Assim, quando a gente se vê hoje enfrentando uma dificuldade, nós temos que lembrar deles e pensar que não podemos desanimar”, afirma Simone.
A idade dos integrantes da família varia entre um mês de vida e 95 anos de idade, como é o caso da tia Mira, a matriarca da família, que mora em Minas Gerais. Ela não poderá estar presente presencialmente no encontro, mas será realizada uma ligação de vídeo, que será passada em um telão.(GABRIELA JACUBOSKI)