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Número de mulheres habilitadas a dirigir cresce em Apucarana

Cindy Santos

| Edição de 08 de abril de 2025 | Atualizado em 08 de abril de 2025

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O número de mulheres com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cresceu em Apucarana, superando a média estadual e nacional. Dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) apontam que em março do ano passado, eram 27.899 (40% do total) condutoras do sexo feminino, número que subiu para 28.529 (41%) neste ano, alta de 2%. Em contrapartida, a quantidade de CNHs do público masculino caiu de 40.776 (59,4%) para 40.661 (58,8%). No Paraná, 38% dos condutores habilitados são mulheres e no Brasil, 36,2%.

Conforme o Detran, mais de 7,9 mil condutoras têm mais de 50 anos e são maioria. Motoristas entre 40 a 50 anos correspondem a pouco mais de 7 mil CNHs, entre 33 e 39 são 5,2 mil, 26 a 32 correspondem a 4,8 mil e de 18 a 25 anos são 3,4 mil.

Quase 18 mil condutoras têm CNH categoria B, que permite dirigir carros de passeio, caminhonetes, utilitários e outros veículos. Outras 9.952 motoristas se enquadram na categoria AB, que permite pilotar motos, e outras 342 têm categoria A, e podem conduzir veículos de duas ou três rodas. Outras 158 mulheres têm categoria D e podem dirigir veículos de transporte de passageiros com mais de oito lugares, como ônibus, micro-ônibus e vans.

Quase 88% das condutoras habilitadas em Apucarana estão com suas CNHs dentro da validade e outras 3,5 mil estão com documentos vencidos há mais de 30 dias. Também há 1,2 mil mulheres permissionárias, ou seja, com documento provisório.

Em relação às infrações de trânsito, 221 motoristas tiveram suas carteiras cassadas neste ano, sendo 76 mulheres (34,4%) e 145 homens (65,6%).

Para o secretário municipal de Segurança e Trânsito, Vilson Laurentino da Silva, o aumento no número de mulheres habilitadas para dirigir demonstra uma busca por independência e autonomia. “Infelizmente, as mulheres ainda são minoria no trânsito e em outros ambientes, como no mercado de trabalho, por exemplo. Mas, felizmente, elas estão buscando ocupar mais espaço gradativamente”, salienta.

“Em relação ao trânsito, isso é muito importante porque a mulher pode ser independente para se locomover, não dependendo mais do marido ou do pai, por exemplo. E essa busca por independência faz com que a procura com CNH aumente”, acrescenta o secretário.

Silva acredita que o perfil econômico de Apucarana favoreça esse crescimento no número de emissões de CNH para o público feminino. “Nossa cidade é referência no ramo de confecção, com muitas empresas formais e informais. A maior parte dos trabalhadores são mulheres que, com certeza, precisam se locomover”, destaca.