O Paraná atingiu a menor taxa de recusa familiar para doação de órgãos do país. Conforme o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), apenas 28% das famílias não autorizaram a captação de órgãos, enquanto no Brasil a taxa é de 46%. Na região, o índice também segue abaixo da média nacional, com 30% de recusa familiar.
Conforme o SET, foram realizadas 10 entrevistas com familiares de pacientes elegíveis neste ano na região, sendo que em três, a captação de órgãos não foi autorizada. Duas recusas foram registradas no Hospital da Providência, em Apucarana, que realizou 8 entrevistas com familiares, recebendo seis autorizações para captação de órgãos, o que representa uma taxa de 75% de conversão. Já o Hospital Maternidade de Ivaiporã realizou entrevista com a família de um doador elegível para captação de órgãos. Contudo, o procedimento não foi autorizado.
A única unidade da região sem recusa é o Hospital Norte do Paraná (Honpar), de Arapongas. A equipe responsável realizou uma entrevista familiar e obteve autorização para captação de órgãos, o que fez a unidade atingir 100% de taxa de conversão.
“Esse índice é um reflexo do processo bem estruturado, com políticas públicas eficientes, treinamento especializado, e, acima de tudo, o espírito solidário da população paranaense, que continua a transformar vidas por meio da doação de órgãos”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A entrevista familiar é uma etapa importante no processo de doação de órgão, pois ainda que o paciente tenha manifestado em vida o desejo de ser doador, o procedimento de captação só poderá ser realizado a partir da autorização da família. Essa etapa exige sensibilidade dos profissionais que realizam a entrevista, por se tratar de um momento delicado.
Os profissionais especializados do SET atuam com abordagem cuidadosa e esclarecedora, ajudando as famílias na tomada de decisão. Como resultado desse esforço, o Paraná se mantém, pelo segundo ano consecutivo, como o Estado líder em doações de órgãos, atingindo 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024 – mais que o dobro da média nacional de 19,2 pmp.
Além disso, o Estado lidera a efetivação dos transplantes, com 36 pmp, contra 17,5 pmp da média brasileira. Em números absolutos, foram contabilizados 500 doadores efetivos, possibilitando 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas. Esses números reforçam o destaque do Paraná no cenário nacional de doação e transplantes, consolidando seu papel como referência na área.
O Estado também se destaca no ranking nacional de transplantes por milhão de população com 76,4 pmp ficando atrás apenas do Distrito Federal.