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Presa em Maringá, mulher trans confessa duplo homicídio

Fernando Klein

| Edição de 19 de outubro de 2023 | Atualizado em 19 de outubro de 2023
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O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, afirmou ontem que a mulher transexual de 29 anos, apontada como autora de duplo homicídio ocorrido na cidade no último dia 11, é uma moradora de rua bastante conhecida na cidade. Ela foi presa anteontem em Maringá e, segundo o delegado, confessou em detalhes o crime.

Ela é suspeita de matar a facadas dois homens em uma casa na Rua Maringá, na Vila Formosa. As vítimas - Ronaldo Alves da Silva, de 49 anos, e João André dos Santos, de 52 anos -, eram usuários de drogas, segundo a Polícia Civil. O TNonline apurou que a suspeita participou da audiência pública na Câmara de Vereadores em agosto, que tratou do problema dos moradores de rua na cidade.

Segundo Marcus Felipe, a mulher trans presa mantinha um relacionamento com Ronaldo Alves, com quem dividia a casa na Rua Maringá. Ela afirmou em interrogatório que decidiu matar o companheiro, argumentando que sofria agressões quando ele usava drogas. Já João André foi morto porque estava no imóvel no momento do crime e a suspeita disse que cometeu o segundo assassinato para que ele não a delatasse à polícia.

O delegado revela que a suspeita foi identificada por uma testemunha, que procurou a delegacia para informar sobre a morte de Ronaldo, em um primeiro momento. No local, os policiais encontraram o segundo corpo. “Foi um caso diferente. Nós já sabíamos quem era o autor do crime antes mesmo de achar os corpos por conta da colaboração de uma testemunha”, diz Marcus Felipe.

Segundo o delegado, a mulher trancou a residência e deixou os dois homens ainda agonizando após as facadas. Marcus Felipe afirma que o crime teria sido premeditado, segundo depoimentos de outros moradores de rua, que teriam ouvido a suspeita comentando que estava planejando o crime.

Ela deve responder por duplo homicídio e também por furto, já que levou um celular. Inicialmente, o delegado descarta o indiciamento por latrocínio, já que ela não praticou o crime para roubar. (FERNANDO KLEIN)