CIDADES

3min de leitura - #

Câmara aprova PEC que proíbe criar encargos para municípios

Da Redação

| Edição de 14 de julho de 2022 | Atualizado em 14 de julho de 2022
Imagem descritiva da notícia Câmara aprova PEC que proíbe criar encargos para municípios
Imagem descritiva da notícia Câmara aprova PEC que proíbe criar encargos para municípios

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, Assine Tribuna do Norte.

ACâmara dos Deputados aprovou na manhã desta quinta-feira, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição 122/15, do Senado, que proíbe a União de criar despesas para estados, Distrito Federal e municípios sem definição de fontes orçamentárias.

O placar foi de 383 votos favoráveis e 27 contrários, no primeiro turno, e 379 contra 22 no segundo turno. PEC segue agora para promulgação do Congresso Nacional. 

Segundo o texto aprovado, a legislação federal não pode impor despesas sem previsão de fonte orçamentária e financeira ou transferência de recursos necessários para a prestação de serviço público, incluindo despesas de pessoal e seus encargos, para a União, os estados, o Distrito Federal e municípios. As únicas despesas ressalvadas são as decorrentes da fixação do salário mínimo e as obrigações assumidas espontaneamente pelos entes federados.

A aprovação da PEC acontece após sete anos de forte atuação da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que por último intensificou o diálogo com parlamentares e o governo federal numa mobilização municipalista realizada no último dia 5 de julho.

Durante a mobilização, que reuniu cerca de mil prefeitos em Brasília, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, e outras lideranças municipais reforçaram a necessidade de aprovação da PEC ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e ao ministro-chefe da Secretaria de Governo, Célio Farias Junior. Como resposta, eles se comprometeram em apoiar a aprovação do texto. A pauta também foi apresentada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que destacou ser favorável à pauta, mas que, naquele momento, ainda não havia data prevista para votação.

“Esse é um momento para entrar na história. Conseguimos essa importante conquista após muitas tratativas, mobilizações e reuniões. Esse é um pleito prioritário para os gestores municipais, que não podem mais trabalhar nessa insegurança, com outro ente federativo podendo criar atribuições que vão onerar o orçamento local sem indicar de onde sai a receita para custear. Estamos agora, com essa aprovação, estancando uma sangria, porque quem vem pagando com as medidas é o cidadão”, comemora o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Em acordo com a CNM, os deputados suprimiram parte do texto. Foi retirada a sugestão de parágrafo oitavo para o artigo 167 da Constituição Federal. O item tratava da prévia previsão de despesa na lei orçamentária anual do Poder Executivo para criação de despesa e poderia trazer dificuldades ao processo orçamentário. Como houve apenas supressão ao texto, a PEC não precisará retornar ao Senado Federal e segue para promulgação.

VEJA MAIS