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Casos de ‘morte súbita’ geram alerta

Fernanda Neme

| Edição de 15 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Na última quarta-feira, o servidor municipal José Onório Carmo, 55 anos, de Apucarana, estava trabalhando no Distrito do Pirapó – ele atuava no setor de corte e poda de árvores – quando passou mal em cima do caminhão e morreu na sequência. O caso, que se soma a outros registrados na cidade, chamou atenção para a chamada “morte súbita”, que a medicina classifica como “evento inesperado e dramático de causa não natural” que leva a pessoa a óbito até 24 horas depois de surgidos os sintomas. Na região, a cada dia pelo dois óbitos em média são registrados com essas caraterísticas.

No final de março, outro servidor público municipal, Irandi da Silva, o Dida, 50 anos, também morreu no local de trabalho após sofrer um infarto fulminante. A morte súbita atinge, inclusive, pessoas jovens e em plena forma física. A morte de uma advogada de 24 anos, Taíse Bertoncello, em uma corrida em Cuiabá, no mês passado, também causou repercussão nacional. Quase na mesma época, o jogador de futebol italiano Davide Astori, capitão da Fiorentina, morreu aos 31 anos,  enquanto dormia na concentração do hotel do time antes de um jogo.
O fiscal de piso, Eric Penharbel, perdeu o pai, o locutor Pedro César Penharbel, dessa forma. O episódio aconteceu há seis anos e o apucaranense conta que o pai estava bem. “Ele tinha acabado de chegar quando caiu no chão sem vida. A morte dele foi por causa do coração. Meu pai estava bem, tinha feito diversos exames para fazer uma cirurgia e os exames cardíacos estavam normais”, recorda. 

NÚMEROS
De acordo com informações da 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, ano ano passado foram registrados 838 óbitos classificados como “morte súbita”. O número é praticamente o mesmo do ano anterior, quando foram 839 casos. 
As causas mais comuns para a “morte súbita” são infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), 320 mil pessoas morrem no Brasil todos os anos de forma inesperada devido à perda de função do coração; em 2015, de acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde), 2.457 pessoas entre 15 e 69 anos morreram no Paraná por doenças do coração.

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