POLÍTICA

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Com atraso, Zé Dirceu se entrega à PF em Curitiba

Folhapress

| Edição de 19 de maio de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ex-ministro José Dirceu se entregou às 21h30 de sexta-feira para a Polícia Federal em Curitiba, após o juiz da 13º Vara Federal de Curitiba, Luiz Antônio Bonat, ter determinado que ele se entregasse até as 16h.


Dirceu chegou falando ao telefone no banco da frente de uma camionete Hyundai. Ele estava em Brasília, de onde saiu na madrugada desta sexta em direção à capital paranaense.
O político ficou detido na carceragem da PF com os demais presos, mas ontem pela manhã foi transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana.
A defesa de Dirceu informou à Justiça que ele não conseguiria chegar a Curitiba até as 16h, como inicialmente estabelecido pela Justiça, devido à distância entre Brasília e a Capital paranaense e ao mau tempo que fazia no trajeto.
O ex-deputado petista Wadih Damous, que visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na PF em Curitiba nesta sexta, disse que um acidente na BR-116, no trecho entre São Paulo e Curitiba, também atrasou a chegada de Dirceu à cidade. São cerca de 1,3 mil km de distância entre as duas cidades, em uma viagem que dura cerca de 16 horas de carro.
A ordem de Bonat, juiz da Lava Jato, foi emitida após o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre, ter decidido que Dirceu deve cumprir a pena de oito anos e dez meses pelo caso de corrupção envolvendo a Petrobras, no âmbito da Lava Jato.
O processo envolve o pagamento de propina por contratos superfaturados da Petrobras com a empresa Apolo Tubulars, entre os anos de 2009 e 2012. De acordo com o TRF-4, os valores chegaram a R$ 7 milhões, repassados a Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e a Dirceu.
Em mensagem de áudio enviada à militância petista, Dirceu afirmou que “o vulcão já está em erupção” e chamou o cumprimento da sua pena na cadeia de “mais uma trincheira de luta”.

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