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Pistoleiro pernambucano é preso por assassinato em Arapongas

Cindy Annielli

| Edição de 15 de dezembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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A Polícia Civil de Arapongas solicitou a transferência de um pistoleiro preso na madrugada de ontem no Estado de Pernambuco (PE) suspeito de ter assassinato um motorista da Companhia de Desenvolvimento de Arapongas (Codar) a mando de um empresário da cidade. De acordo com a polícia pernambucana, Yago Rodrigues de Oliveira, 21 anos, é conhecido como assassino de aluguel e é investigado por envolvimento em mais de 20 homicídios naquela região.

Imagem ilustrativa da imagem Pistoleiro pernambucano é preso por assassinato em Arapongas

Em Arapongas, a polícia sustenta que Rodrigues fiu contratado pelo empresário Carlos Henrique Artacho, para executar Fernando Begalli dos Santos, 30 anos, morto a tiros em setembro no distrito de Aricanduva.

O delegado-chefe da 22ª Subdivisão Policial (SDP), Osnildo Carneiro Lemes, conta que o atirador foi localizado através de um comprovante de recarga para celular e anotações dispensadas em um cesto de lixo na casa do suposto mandante. “O crime está elucidado. Foi um trabalho minucioso desenvolvido pelo setor de inteligência que levantou todos os detalhes”, assinala.

Lemes conta que Logo após o assassinato, as suspeitas se voltaram à Artacho, ex-patrão da vítima. O motorista assassinado trabalhou em uma transportadora do empresário e moveu uma ação trabalhista contra ele.

“Partimos da estaca zero porque não havia pista, apenas suspeita. Então fizemos o trajeto do caminhão dirigido pela vítima no dia do crime, usando imagens das câmeras. Toda a vez que o caminhão passava nas filmagens minutos depois passava um Toyota Corolla preto. Logo descobrimos que o Artacho tinha um carro igual”, relata.

A polícia solicitou então mandado de busca e apreensão na casa, empresa e em uma chácara do suspeito. Durante a vistoria, os policiais encontraram em um cesto de lixo um comprovante de recarga realizada em Arapongas para um número de celular com prefixo 87, efetuada três dias antes do crime. Também foram localizadas anotações com nome completo do atirador, número de CPF e RG e um endereço de Trindade, município de Pernambuco.

“Constatamos que Yago morava em Trindade e em contato com a polícia pernambucana, tomamos conhecimento que ele é conhecido como pistoleiro de aluguel e já era investigado por vários homicídios. Inclusive a polícia havia prendido um suspeito de homicídio que tinha o número de Yago salvo em sua agenda. O mesmo número encontrado no comprovante da recarga”, detalha o delegado. Segundo Lemes, apesar das suspeitas, o rapaz não deixava rastros, motivo pelo qual não chegou a ser preso em Pernambuco.

Atirador recebeu

R$ 10 mil pelo crime

A polícia também reuniu outros elementos incriminatórios como registros em estabelecimentos comerciais e também a quebra de sigilo telefônico dos investigados. O delegado Osnildo Lemes Carneiro conta que descobriu a pensão onde o pistoleiro ficou hospedado em Arapongas. “O proprietário da pensão ainda reconheceu o veículo de Artacho e disse que ele é quem levava e buscava o atirador”, acrescenta.

A polícia também rastreou as ligações telefônicas dos suspeitos. A polícia apurou que Oliveira saiu de Trindade em 25 de setembro e chegou em Arapongas no sábado 26, dois dias antes do crime. Segundo a polícia, no dia do assassinato Artacho teria feito ligações em pontos próximos ao local onde a vítima foi executada e, após consumar o crime, imagens das câmeras também apontam que ele levou o atirador para Londrina. A polícia acredita que os dois se conheceram por meio da empresa de Artacho que transporta gesso de Trindade para a Arapongas. A suspeita é que Oliveira tenha recebido R$10 mil pela execução da vítima.