ABRAHAM SHAPIRO

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Em meio ao ruído,só a verdade ecoa

Da Redação

| Edição de 14 de abril de 2025 | Atualizado em 14 de abril de 2025

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Em um mundo saturado por vozes, sons e imagens, o verdadeiro desafio não é mais saber o que dizer — mas conseguir ser ouvido.

A arte de comunicar não tropeça mais na falta de conteúdo ou técnica, seja na esfera pessoal ou no universo do marketing e da publicidade. Pelo contrário: temos slogans incríveis, campanhas criativas e recursos tecnológicos abundantes à disposição. O problema é que tudo isso, por si só, já não basta.

Vivemos na era em que a atenção se tornou um bem raríssimo. A mente das pessoas está fragmentada entre telas, notificações e preocupações. Nessa nuvem de ruídos, mesmo as mensagens mais bem elaboradas se perdem. Os impactos visuais não têm efeito, e raramente penetram a camada mais profunda do pensamento — aquela onde as pessoas decidem, onde escolhem.

E por que isso acontece? Porque falta presença. Falta alma. Falta intenção verdadeira.

Comunicar-se, hoje, exige mais do que estratégia: exige conexão. É necessário perceber o outro, sentir sua realidade, falar com verdade e escuta genuína.

A solução não está, portanto, em campanhas mais elaboradas, mas em uma comunicação mais honesta, intuitiva e sensível. Menos ruído, mais propósito. Menos fórmulas, mais empatia. Quem comunica com alma, gera vínculo. E vínculo, este sim, gera decisão.

Curiosamente, no fim das contas, a melhor estratégia pode ser desaprender estratégias. Porque talvez, para ser ouvido, a gente só precise falar como quem realmente tem algo a dizer — e não como quem está desesperado para ser escutado.