Dizendo-se preocupado com o futuro de Apucarana, o prefeito eleito Rodolfo Mota, na entrevista que concedeu ontem ao TNOnline, citou a diferença de receita orçamentária do município com outras cidades com população menor, porém com grandes fontes arrecadadoras. Ele relatou que Umuarama, com 17 mil habitantes a menos que Apucarana, tem uma previsão de arrecadar nada menos do que R$ 170 milhões a mais no próximo ano. Enquanto Apucarana estima uma receita de R$ 644 milhões, Umuarama passa de R$ 800 milhões. A diferença está em vários fatores, como a industrialização, a prestação de serviços e a construção civil. Umuarama hoje é uma grande cidade universitária. Outro exemplo citado por ele é Arapongas, onde o mercado moveleiro e outras indústrias contribuem para que a cidade arrecade até R$ 100 milhões a mais que Apucarana, com 12 mil habitantes a menos. Fica a impressão que Apucarana cresce igual rabo de cavalo...
Aquiles recusou
O prefeito de Marilândia do Sul, Aquiles Takeda (PSD), que deixa o cargo neste final de ano, recusou o convite do prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), para assumir a Autarquia Municipal de Saúde. Entre outras justificativas para recusar o cargo, Aquiles disse que precisa dedicar um pouco mais de tempo à família e ajudar seu vice Walmir Peres (PSD), agora eleito prefeito de Marilândia do Sul. Há quem diga que o prefeito Aquiles Takeda tenha outras pretensões em seu radar, daí ter declinado o convite de Rodolfo Mota. Entre uma sondagem e outra, Aquiles teria sido consultado pelo secretário de Estado da Saúde, deputado federal licenciado Beto Preto (PSD), para assumir um posto na Sesa.
Toledo aceitou
Não é oficial, mas corre solto nos meios políticos de Apucarana que o prefeito eleito Rodolfo Mota teria convidado o atual prefeito de Cambira, Emerson Toledo (MDB), para assumir uma secretaria na Prefeitura. Não se sabe ainda que cargo seria esse. A intenção de Rodolfo seria usar a experiência administrativa de Toledo nos dois mandatos que exerceu como prefeito de Cambira, onde também fez seu sucessor, no caso uma sucessora, a atual secretária municipal de Saúde, Ana Lúcia (MDB). De acordo com essas mesmas fontes, o prefeito Emerson Toledo teria aceitado o convite de Rodolfo por várias razões: primeiro, pela proximidade de Cambira e Apucarana e, segundo, por suas pretensões futuras de sair candidato a deputado estadual.
Mais uma ação
Como esta coluna tem reiterado, a eleição para a Câmara Municipal de Apucarana está longe de terminar. O processo eleitoral foi judicializado e envolve praticamente todos os partidos que disputaram o pleito. A alegação sempre a mesma: o suposto uso de mulheres “laranjas” para cumprir a cota de candidatos. A última ação protocolada foi do ex-candidato a vereador Marcos Dias (União Brasil), que no pleito somou 935 votos. A ação dele, impetrada nesta terça-feira na 28ª Zona Eleitoral de Apucarana, envolve o Democracia Cristã, Agir, PSD, Solidariedade e PT. Do jeito que a situação caminha, daqui a pouco só falta a Justiça Eleitoral determinar nova eleição para composição da Câmara Municipal. Muito inconformismo de não eleitos.
Fim de feira
Em prefeituras da região, onde os atuais prefeitos não conseguiram eleger seu sucessor, a situação se assemelha a um fim de feira, tipo xepa, onde cada um tenta levar o que sobrou de mercadoria. O maior problema que esses prefeitos vêm enfrentando é fechar o ano com todas contas pagas e finalizar o acerto com todos comissionados, incluindo 13º e férias não gozadas. Em algumas prefeituras, essa conta é muito alta. Para os prefeitos que vão assumir dia 1º de janeiro, pode sobrar a folha de pagamento de dezembro e outros compromissos que podem dificultar e muito os primeiros meses de mandato. Para piorar a situação, o mês de janeiro é um dos mais fracos em termos de arrecadação. Vão ter que se virar nos 30.