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Arthur Elias cobra Conmebol por estrutura da Copa América Feminina

(via Agência Brasil)

| Edição de 17 de julho de 2025 | Atualizado em 17 de julho de 2025

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Apesar da vitória expressiva por 6 a 0 sobre a Bolívia, na última quarta-feira (16), pela segunda rodada da Copa América Feminina, a seleção brasileira de futebol feminino não saiu completamente satisfeita do Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito, no Equador. Em entrevista coletiva, o técnico Arthur Elias expressou sua insatisfação com a estrutura oferecida pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Desafios na Preparação

Assim como na estreia contra a Venezuela, onde venceram por 2 a 0 no domingo (13), as jogadoras não puderam realizar o aquecimento no gramado. A justificativa foi a necessidade de preservar o campo, já que o estádio sediaria dois jogos em sequência no mesmo dia. Como resultado, a preparação foi feita no vestiário, um espaço pequeno que precisou ser dividido entre as seleções.

"Posso dizer que a questão do aquecimento me preocupa muito. Tivemos uma jogadora que, no fim do aquecimento, sentiu a possibilidade de ter algo muscular. Fizemos testes e ela foi para o jogo, mas se precisasse ser substituída de última hora, a jogadora que entrasse o faria sem aquecimento, porque naquele lugar não cabem as 20 atletas de linha para aquecer. E as titulares acabam aquecendo mal. É uma condição preocupante para a saúde das jogadoras e para o jogo, obviamente. Quando as equipes não aquecem no campo, demoram a pegar ritmo, temos visto muitos erros de passes das equipes, especialmente no primeiro tempo. Penso que influencia muito", argumentou o treinador brasileiro.

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Técnico Arthur Elias conversa com atacante Kerolin, que marcou três gols na vitória da seleção brasileira por 6 a 0 contra a Bolívia, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América Feminina- Livia Villas Boas/CBF/Direitos Reservados

Gols Anulados e Ausência de VAR

A goleada da seleção brasileira, transmitida ao vivo pela TV Brasil, poderia ter sido ainda mais expressiva, não fossem ao menos dois gols anulados por impedimento. Cabe ressaltar que a fase de grupos da Copa América Feminina não conta com árbitro de vídeo (VAR), recurso que só será utilizado a partir das semifinais.

Tempo de Bola em Jogo

Outro ponto levantado por Arthur Elias na coletiva foi o pouco tempo de bola rolando durante a partida. Segundo o técnico, o jogo esteve mais paralisado do que o ideal.

"No futebol sul-americano, precisamos ter mais cuidado. Perguntei à árbitra, a argentina Roberta Echeverria, qual é o critério, porque a Fifa recomenda ao menos 60% de bola em jogo. No segundo tempo, foram 32% de bola em jogo e no primeiro menos de 40%. Isso é muito ruim, pode ser determinante para a classificação e influencia tecnicamente, porque o saldo de gols pode desempatar. Temos de saber se estamos fazendo diferente da Fifa e o porquê. A gente tem uma Copa do Mundo no Brasil em 2027, que representa nosso continente e é importante estarmos todos juntos para fazermos as reflexões e cobrar quem tem que ser cobrado", avaliou.

Próximos Desafios

O Brasil lidera o Grupo B com seis pontos, seguido pelo Paraguai com três, enquanto Colômbia e Venezuela têm um ponto cada, e a Bolívia ainda não pontuou. As brasileiras terão uma pausa na terceira rodada e retornarão ao campo na próxima terça-feira (21), enfrentando as paraguaias novamente no Gonzalo Pozo Ripalda, às 21h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pela TV Brasil.



Com informações da Agência Brasil