GERAL

min de leitura

Polícia prende irmão de suspeito envolvido na execução de ex-delegado

(via Agência Brasil)

| Edição de 17 de setembro de 2025 | Atualizado em 17 de setembro de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A polícia deteve na manhã desta quarta-feira (17), em Praia Grande, no litoral de São Paulo, um homem que é irmão de um dos suspeitos do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Ele foi levado para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro da capital paulista, para averiguações, mas não é alvo de mandado de prisão.

Na terça-feira (16), dois suspeitos foram identificados graças ao trabalho de inteligência das polícias. Um deles já possui histórico criminal por roubo e tráfico de drogas. Durante a execução do ex-delegado, dois veículos foram utilizados. Um deles foi incendiado após o crime, enquanto o outro foi abandonado, permitindo a coleta de fragmentos de DNA e impressões digitais.

Os vestígios estão sendo analisados pela Polícia Técnico-Científica. A análise será cruzada com o banco de dados criminal do Estado de São Paulo e de outros órgãos para identificar os envolvidos no crime.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), as forças de segurança e inteligência das polícias Civil e Militar seguem com as investigações. Os detalhes das ações estão sendo mantidos em sigilo para não comprometer o andamento das investigações.

Na manhã desta quarta-feira (17), policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Seccional de Praia Grande cumpriram oito mandados de busca e apreensão. Além disso, dois mandados de prisão temporária foram expedidos pela Justiça.

“A prioridade máxima é solucionar esse caso. Temos várias linhas de investigação, várias possibilidades e nenhuma pode ser afastada. Uma pessoa já identificada tem reincidência criminal, com passagens por roubo e tráfico de drogas. Estamos trabalhando para que os responsáveis sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei", afirmou o governador Tarcísio de Freitas.

Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira (16), o governador destacou que a investigação não descarta nenhuma hipótese, seja a de um crime praticado por facção criminosa ou não. Ele explicou que o ex-delegado-geral não solicitou proteção do Estado, nem formal nem informalmente.

“Até porque se tivesse pedido nós daríamos. Temos algumas autoridades que contam com proteção do Estado e toda vez que somos demandados, encaramos isso com muita responsabilidade. Se tivéssemos recebido algum pedido de proteção, se isso tivesse registrado, nós, com certeza, daríamos”, disse Tarcísio.

Perseguição

Ruy Fontes, que atualmente era secretário de Administração da prefeitura de Praia Grande, foi morto por volta das 18h desta segunda-feira (15), em um bairro próximo à prefeitura e ao fórum do município. Imagens de câmeras de segurança mostram seu carro em fuga, em alta velocidade, até capotar entre dois ônibus ao tentar entrar em uma avenida. O carro que o perseguia chega pouco depois e dele saem três homens armados com fuzis. As imagens mostram dois deles indo até o carro de Fontes e disparando vários tiros. Em seguida, entram no carro e fogem pela mesma avenida onde perseguiram Fontes.

Histórico

Fontes foi delegado por mais de 40 anos, tendo atuado na Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), além de ter sido delegado de Polícia Titular da 1ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), delegado de Polícia Titular da 5ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e comandado outras delegacias e divisões na Capital.

Também foi diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP) e esteve à frente da Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Fontes foi responsável pela prisão de lideranças do PCC nos anos 2000, quando atuava na repressão a roubo de bancos, e enquanto delegado geral, função que exerceu até 2022. Após se aposentar, ele assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023, permanecendo na gestão iniciada em 2025 com o prefeito Alberto Mourão.



Com informações da Agência Brasil