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Pelo 2º ano, Paraná é líder em doação de órgãos no Brasil

Da Redação

| Edição de 10 de abril de 2025 | Atualizado em 10 de abril de 2025

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Pelo segundo ano consecutivo, o Estado lidera o País em doações de órgãos, com 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024 – mais que o dobro da média nacional, de 19,2 pmp. Esse é o principal indicador, que reflete a disponibilidade de doação. O Estado também lidera o indicador de doadores cujos órgãos foram efetivamente transplantados, com 36 pmp, contra 17,5 pmp da média nacional.

Esse marco reflete não apenas números, mas histórias de solidariedade, amor ao próximo e esperança para centenas de pacientes que aguardam por um transplante. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado e divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) nesta quinta-feira (10).

No Brasil, a decisão de doar órgãos após a confirmação da morte encefálica depende de um momento delicado: a autorização da família. Mesmo quando o desejo de ser doador foi registrado em vida, a palavra final cabe aos familiares, que passam por uma conversa cuidadosa com equipes especializadas e treinadas pelo Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR). No Paraná, essa abordagem se mostrou mais eficaz, com o Estado registrando a menor taxa de recusa familiar do País—apenas 28%, frente à média nacional de 46%.

“Para nós é motivo de muito orgulho manter esse destaque em doações e transplantes de órgãos. Os números demonstram mais uma vez que o Paraná é um Estado de gente muito solidária, que mesmo na dor, num momento de perda, ainda coloca a vida de outras pessoas em primeiro lugar”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Em números absolutos foram 500 doadores efetivos, que resultaram em 903 transplantes de órgãos e 1.248 transplantes de córneas. Com isso, o Paraná também atingiu o segundo lugar como Estado com maior número de transplantes de órgãos pmp com doadores vivos e falecidos, numa taxa de 76,4 pmp para doadores vivos (ficando atrás do Distrito Federal com 93,5 pmp) e 70,9 pmp para doadores falecidos (atrás também do Distrito Federal com 86,5 pmp).