Responsável pela garantia do abastecimento nacional de combustíveis, a Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou ontem que a greve dos petroleiros, deflagrada no domingo, ainda não põe em risco o suprimento ao mercado nacional.
"A ANP tem como função garantir o abastecimento nacional de combustíveis. No momento, não há risco de desabastecimento. Caso haja, a ANP tomará as medidas cabíveis", disse a agência, em nota.
Os petroleiros começaram, no domingo (1º), a paralisar atividades em plataformas de produção de petróleo na Bacia de Campos. Segundo o último balanço da greve, trabalhadores de 43 unidades aderiram à greve.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminense (Sindipetro-NF), estima que cerca de 400 mil barris de petróleo deixaram de ser produzidos no segundo dia de greve. O volume equivale a um quinto da produção da Petrobras.
Na madrugada de ontem, o representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, foi preso enquanto participava de manifestação na porta da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia.
Segundo a polícia, Bacelar, o sindicalista Agnaldo Cosme e o fotógrafo Wandiack Costa foram presos por desacato, em operação para desobstruir a rodovia que leva às instalações da Petrobras.
Em balanço divulgado na manhã de ontem, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informa que 43 plataformas da Bacia de Campos, a maior região produtora do país, aderiram à greve até o início da tarde de ontem.
No Paraná, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), a maioria das unidades industriais da estatal opera com um efetivo de funcionários bastante reduzido. Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, a adesão ao movimento começou no domingo.