Cerca de 30 criminosos fortemente armados promoveram horas de tensão e medo em Guarapuava, na região central do do Estado, durante uma tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores. Na ação, iniciada por volta das 23 horas e que se estendeu pela madrugada, envolveu intenso tiroteio com armamento pesado até a fuga dos bandidos por estradas rurais. Os criminosos atacaram o 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM), atearam fogo em veículos e fizeram barricadas. Dois policiais e um morador da cidade ficaram feridos durante a ação. Um suspeito foi preso.
Segundo a Secretaria de Estado da Segurança, o homem detido é da própria cidade e, segundo a investigação, está ligado à parte logística de fornecimento de armas à quadrilha, formada por cerca de 30 criminosos. O caso está sob apuração da Polícia Civil do Paraná (PCPR) – o material coletado até o momento será cruzado com impressões digitais nos bancos de dados da própria polícia.
Pelo menos doze veículos usados pelos bandidos já foram localizados (quatro deles queimados e usados como barreiras pelos criminosos), além de nove armas (entre .50 BMG, 7,62, 5,56 e calibre 12 Combat); uma pistola Glock 9 mm com seletor de rajada; um carregador de AK 47; munições; capacetes e coletes balísticos; balaclavas, facas, celulares e lanternas; um par de placas de veículo sobressalente (EPS7D07); e R$ 1,4 mil em espécie.
Além dos 60 integrantes do batalhão regional, outros 200 policiais foram encaminhados para cidade, especialmente no perímetro rural do município, em busca de mais suspeitos. Três helicópteros do Estado também estão dando suporte à operação, assim como equipes com cães. “Vamos seguir aqui até que o caso seja solucionado, garantindo tranquilidade à população de Guarapuava”, afirmou o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná.
De acordo com a Sesp, os bandidos fugiram sem concluir o assalto, após intensa troca de tiros na região rural de Guarapuava. Mesmo com o bloqueio das entradas e saídas do 16° Batalhão de Polícia Militar, os policiais estavam em ronda e preparados para a ação. Eles puseram em prática o plano de contingência para impedir e ação e preservar a segurança dos moradores. A estratégia consistiu em fechar as entradas do município, obrigando os criminosos a seguir para o perímetro rural. A ação fez com que os assaltantes, sem conhecimento das vias, se perdessem e abandonassem o local.
“A operação deu certo porque a polícia contava com equipamentos modernos, sejam viaturas ou armamentos”, disse o comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar do Paraná (BPM), tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Lins.
À tarde, dois policiais passaram por cirurgias. O caso mais grave envolveu um que estava com um projétil alojado na cabeça. O outro policial teria teria levado um tiro na perna.