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Aumento da infestação do mosquito da dengue gera preocupação na região

Cindy Santos

| Edição de 08 de fevereiro de 2023 | Atualizado em 08 de fevereiro de 2023
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Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) divulgado nesta semana pela 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana aponta situação de alerta em três municípios da região: Marumbi, Cambira e Rio Bom. Os dados mostram ainda aumento de larvas do mosquito transmissor da doença na maioria das 17 cidades pertencentes à regional. E com a maior presença de vetores, há grande risco de alta nos casos da doença. Informe epidemiológico divulgado na terça-feira (7) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 63 casos de dengue na região, quatro a mais do que o boletim anterior. 

O município com maior índice de infestação é Marumbi, que saiu dos 0,4% para 4,3% no último boletim. Cambira, que no último relatório apresentou 0,8%, atingiu 4% de infestação de larvas. Rio Bom também registrou 4%, no entanto, o município não divulgou informações sobre o levantamento anterior para comparativo. 

O LIRAa é feito com base em amostras coletadas nos focos do mosquito e aponta a quantidade de larvas do Aedes aegypti encontradas. O chefe da 16ª RS de Apucarana, Marcos Costa, explica que, considerando os indicadores do Ministério da Saúde, até 1% representa baixo risco de infestação, até 3,9% médio risco e acima de 3,99% alto risco de epidemia, o que causa preocupação e gera alerta nos municípios com alta no índice. 

“Verificando os índices percebemos que houve aumento em quase todos os municípios, alguns até consideráveis. No entanto, estamos em um período em que as larvas realmente aumentam por conta das chuvas e do calor. Mas os municípios têm que trabalhar em cima para baixar esses índices para não ocorrer epidemia”, analisa Costa. 

Para o secretário Municipal de Saúde de Marumbi, André Campitelli, o maior problema é conseguir eliminar os focos do mosquito que estão espalhados pela cidade. Outro obstáculo enfrentado pela saúde municipal é o descaso e a falta de preocupação da população com a doença. “A gente faz um trabalho intensivo de prevenção, mas é bem difícil porque a população está bem desacreditada, não tem vontade de ajudar. Teve casas que foram notificadas no ano passado, com morador que pegou dengue e ficou mal, e mesmo assim o local voltou a ter foco do mosquito”, destaca.

Entre as ações que devem ocorrer para frear a proliferação do vetor da doença está um mutirão de limpeza que deve ser realizado com apoio da ONG Patrulha Ambiental. A prefeitura também aplica multa de R$ 102 a moradores que não eliminarem focos de dengue em suas casas, com possibilidade de dobrar o valor em caso de reincidência. 

Apesar do alto índice de infestação, Marumbi não registrou nenhum caso confirmado da doença.