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Botão do pânico já protege 25 mulheres

Aline Andrade

| Edição de 01 de setembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Em funcionamento há apenas 4 meses em Apucarana, o dispositivo ‘botão do pânico’ já resultou na prisão de 3 agressores na cidade. O mecanismo é um poderoso aliado para mulheres em situação de violência e perigo iminente e aciona imediatamente uma viatura, além de gravar tudo o que acontece ao redor, a partir do instante em que é pressionado.
De acordo com o comandante da Guarda Municipal de Apucarana Alessandro Pereira Carletti, desde o mês de abril, cerca de 25 dispositivos começaram a funcionar na cidade, dos quais 10 acionamentos já foram realizados por parte das vítimas, que resultaram em 3 prisões de agressores e 7 orientações. “Nestes casos, quando há acionamentos por ameaças, vamos até o endereço das vítimas e orientamos para que seja realizado um novo boletim de ocorrências, e no caso de agressão, encaminhamos os agressores até a delegacia”, disse.
De acordo com o comandante da GM, este é apenas um resultado inicial de um trabalho que tem trazido resultados positivos em relação à proteção da mulher. “Esse dispositivo trouxe mais segurança para mulheres em situação de risco, evitando que aconteçam feminicídios na cidade. Desde que iniciamos este trabalho, há 4 meses, não tivemos nenhum registro de feminicídio em Apucarana”, afirma.
Carletti conta que o trabalho de atenção à mulher em situação de violência deve ser ampliado no município, com a distribuição de novos dispositivos entre outras ações. “Nós também já estamos programando a implantação da Patrulha Maria da Penha em Apucarana, já temos convênio realizado com o Estado, só falta finalizar este acordo, para ampliar ainda mais o atendimento das mulheres em situação de risco no município”, conta.
Cerca de 50 pessoas estão envolvidas com o trabalho de medidas protetivas de urgência no município, entre profissionais da 1ª e 2ª Varas Criminais, do Ministério Público, da Delegacia da Mulher, da 17ª Subdivisão Policial e todos os Guardas Municipais – que respondem pelos chamados, além das profissionais do Centro de Atendimento à Mulher (CAM). 

Patrulha Maria da Penha é destaque em Arapongas
Em Arapongas existem 3 dispositivos de ‘botão do pânico’ distribuídos na cidade desde o mês de abril. Até o momento, nenhum acionamento foi realizado. De acordo com a coordenadora da patrulha Maria da Penha Denice Amorim, responsável pelos atendimentos as mulheres em situação de violência, isso se deve a um intenso trabalho de acompanhamento das vítimas que vem sendo realizado desde 2016, quando a patrulha Maria da Penha foi iniciada na cidade. 
“O Judiciário defere a disponibilidade do botão do pânico no caso de necessidade de perigo emergente, como uma das medidas protetivas. Como já existe o trabalho de fiscalização com a patrulha Maria da Penha há 3 anos, o índice de descumprimento de medida e reincidência diminuiu muito na cidade, por isso, as vítimas não estão solicitando o botão, porque não está sendo necessário. Os casos necessários são estes 3 botões que foram entregues, que até o momento, não houve nenhum acionamento, estão sendo feitas visitas regulares nas casas das vítimas, e mesmo com esses 3 deferimentos, não houve nenhum acionamento”, explica a coordenadora.

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