A mistura de calor intenso e chuvas acende o sinal de alerta para a proliferação da dengue. O número de casos e os índices de infestação do mosquito Aedes aegypti vem avançando na região. Dados publicados nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontam que dos 17 municípios da área de cobertura da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana 13 estão em situação de alerta, um se encontra em zona de risco de epidemia e apenas três registram situação satisfatória de IIP (Índice de Infestação Predial).
O número de municípios em alerta ou risco aumentou 40% em relação ao último levantamento, divulgado em setembro, quando 10 municípios registravam IIP acima de 1%. O número de casos confirmados da doença avança com o aumento da infestação.No último relatório semanal de setembro, em toda regional eram 31 casos de dengue. No boletim semanal da última terça-feira, o número de confirmações soma 104 casos localizados em nove municípios. Os registros são contabilizados a partir de agosto, quando teve início o novo período epidemiológico.
Os municípios com maior número de casos são Jandaia do Sul (35), Apucarana (18) e Arapongas (15). Em relação ao percentual da população o número de confirmações já gera alerta em Borrazópolis (13).
Segundo o chefe da 16ª RS, Marcos Costa, o período climático é altamente propício para o aumento da infestação do mosquito. “É diretamente ligado ao clima, acumula água quando chove e a tendência é de aumento de focos”, afirma, acrescentando que o tempo chuvoso também prejudica o trabalho de vistoria dos agentes de endemias, que são a linha de frente no combate ao mosquito.
Ele destaca que a 16ª RS vem atuando nos municípios onde os houve crescimento nos índices para reverter o quadro com envio de técnicos e reuniões com os agentes locais. Contudo, ele destaca que sem apoio da população o trabalho é prejudicado. “O que temos percebido é que, até por conta do período de chuvas e das secas de anos anteriores, muitas pessoas adquiriram o costume de armazenar água da chuva, uma prática é que sustentável mas precisa ser feita de modo correto e com cautela, em embalagens bem fechadas para evitar que elas se tornem focos de dengue”, comenta.