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Gás de cozinha está R$ 10 mais caro

DA REDAÇÃO

| Edição de 15 de março de 2022 | Atualizado em 17 de março de 2022

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O reajuste de 16,1% no preço do gás de cozinha - que passou a valer na última sexta-feira (11) - já foi repassado, e o consumidor terá de desembolsar R$ 10 a mais para comprar o produto. Levantamento da Tribuna junto a estabelecimentos do ramo, em Apucarana e Arapongas, aponta  custo do botijão de 13 quilos de R$ 120 para entrega e R$ 110 para retirar no estabelecimento. Antes do reajuste, o botijão saia por R$ 110 para entrega e R$ 100 para retirar, em média. Donos de estabelecimentos do ramo afirmam que este é o maior reajuste de preço dos últimos oito anos e temem que as vendas recuem, uma vez que a tendência da população é economizar gás para aumentar a durabilidade do produto. 

O anúncio da Petrobras, na última quinta gerou uma reação nos consumidores que correram até o estabelecimentos para garantir seus botijões antes do aumento do preço. O mesmo comportamento foi observado nos postos de combustíveis, por conta do reajuste nos preços da gasolina e do diesel. 
Em um estabelecimento de Apucarana, o proprietário  Márcio Cabecione contou que vendeu 300 botijões entre sexta-feira e sábado, superando a média de comercialização diária. “Vendi aproximadamente 150 unidades na sexta e mais 150 no sábado. Foi a mesma correria registrada nos postos de gasolina. Os clientes queriam comprar a tempo, antes de aumentar o preço”, contou. 
Já o empresário Rovilson Borbolato, de Apucarana, disse que o consumidor levou um baque. “Tudo subiu. Gás, gasolina, tudo junto. A tendência agora é que todos reduzam o consumo para economizar e com certeza as vendas vão dar uma diminuída”, comentou. 
Proprietário de uma revenda de gás em Apucarana, Nivaldo Gonçalves Leite, lembra que há um ano o gás de cozinha era R$ 30 mais barato. De acordo com ele, esse é o maior aumento no preço do GLP 13 quilos dos últimos oito anos. “Há oito anos teve aumento nessa faixa de 12%. De lá para cá, nenhum passou de 6%. Com toda certeza, esse foi o mais alto. A companhia disse que não tinha esse aumento programado, o barril de petróleo ficou mais caro por conta da guerra que acontece na Ucrânia”, disse.
Na opinião de Nivaldo, a população mais carente será a mais prejudicada pelo aumento do gás e também dos combustíveis, que acarretará em um efeito em cadeia, com a inflação do preço dos alimentos e de outros itens. “A inflação vai corroendo o salário da população e vai ficando cada vez mais difícil”, considerou. 

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