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Pesquisa aponta variação de 32% no preço de alimentos em Apucarana

Cindy Santos

| Edição de 04 de maio de 2022 | Atualizado em 04 de maio de 2022
Compras produtos em  mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Compras produtos em mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

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Pesquisa feita pelo colegiado do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, aponta uma diferença de 32,44% entre os preços mínimos e máximos de alimentos encontrados em cinco maiores supermercados de Apucarana. A pesquisa considera uma lista de consumo com 56 itens e a discrepância do preço total entre a mais barata - R$ 479,69 - com a mais cara - R$ 635,28 - foi de R$ 155,59. A pesquisa, realizada em 30 de abril, levou em conta valores de itens de mercearia, higiene, limpeza da mesma marca ou de menor preço.

A maior diferença entre os preços mínimos e máximos foi verificada no valor do creme dental Close Up Red, que custa entre R$ 2,19 a R$ 5,19, uma variação de 137%. O biscoito de água e Sal Marilan foi encontrado com menor preço de R$ 3,19 e R$ 6,79 no maior preço, diferença de 112,9%. Já o biscoito maisena, da mesma marca, foi encontrado a R$ 3,78 e R$ 7,99, variação de 111,4%. A farinha de milho Zaeli foi encontrada com preço mínimo de R$ 4,29 e máximo de R$ 8,98 (109%) e a farinha de mandioca Pinduca foi encontrada a R$ 3,69 a R$ 7,79 (111,1%).

O estudo da Unespar comprova que pesquisar preço é importante para economizar dinheiro. E em uma fase com a inflação nas alturas, qualquer quantia poupada conta. “Pesquisar e adquirir os bens a preços menores sempre foi e com certeza sempre será a forma mais plausível de valorizar a renda. Renda que cada vez fica menor frente as elevações dos preços”, destaca o professor Acir Bacon, coordenador do projeto de pesquisa.

De acordo com Bacon, muitos fatores podem ser causadores da discrepância no preços dos itens básicos como a expectativa de lucro das empresas, poder de negociação junto aos fornecedores, estrutura dos custos, campanhas promocionais, entre outros.

No comparativo mensal, a pesquisa aponta queda de 1,1% no preço médio dos itens. Em março o levantamento apontou custo total de R$ 562,35, valor que caiu para R$ 556,13 em abril.

Contudo, mesmo com a queda registrada entre março e abril, a pesquisa mostra que o custo dos itens básicos está cada vez mais alto. A exemplo, o preço médio praticado em novembro do ano passado de R$ 489,38.

Segundo Bacon, essa escalada de elevação dos preços começou com a pandemia e teve sequência por uma combinação de fatores externos como a guerra da Rússia contra a Ucrânia; a exportação que gera problema a na oferta interna; a desvalorização cambial que torna a exportação mais atrativa em detrimento do oferecimento interno; e também por fatores internos como a falta de políticas de manutenção de preços dos alimentos; elevação dos preços dos combustíveis que de forma indireta também pressiona os preços; frustração de safras agrícolas com redução de áreas plantadas.