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Petrobras anuncia reajuste de 5,2% no preço da gasolina e 14,2%no diesel

Adriana Savicki

| Edição de 17 de junho de 2022 | Atualizado em 17 de junho de 2022

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A Petrobras não cedeu às pressões do governo e anunciou nesta sexta-feira aumento dos preços do diesel e da gasolina. Após 99 dias congelado, o preço da gasolina será reajustado em 5,2%, passando a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal. O diesel, que teve último aumento há 39 dias, foi reajustado em 14,2%, atingindo preço de R$ 5,61 o litro.

Se nas refinarias, o preço do diesel já ultrapassa o da gasolina, nas bombas, o impacto do reajuste deve ser conhecido a partir deste sábado, com a entrada em vigor da nova tabela, segundo afirmam os postos de combustíveis. O preço da gasolina é determinado por uma série de fatores além do custo das refinarias, como tributos, despesas de frete, entre outros.

“Por enquanto só sabemos o índice da Petrobras”, afirma Vilson Kozan, gerente de um posto de combustíveis em Apucarana. Ele destaca, entretanto, que os reajustes nunca são bons para o setor. “Diminui o movimento. Nossa expectativa, com essa discussão da retirada do ICMS, era justamente o contrário, mas não tem o que segure isso, nem o presidente”, afirma.

Proprietário de um posto em Apucarana, Wellington Kreb, também afirma que não calcula quando os dois combustíveis vão ficar mais caros na bomba e também lamenta a nova alta. “É péssimo para gente, mas faz parte”, diz.

Na tarde desta sexta-feira, segundo pesquisa do aplicativo Nota Paraná, que fornece informações em tempo real, o litro da gasolina era comercializado entre R$ 7,15 e R$ 7,49 em Apucarana, enquanto o litro do diesel custava entre R$ 6,58 e 7,09.  Em Arapongas, a  gasolina variava entre R$ 7,07 e R$ 7,29 e o diesel entre R$ 6,54 e R$ 6,99.

Em nota enviada à imprensa, a Petrobras diz que “é sensível ao momento que o Brasil e o mundo enfrentam” de alta de preços, rebatendo declarações que vêm sendo feitas nas últimas semanas pelo presidente Jair Bolsonaro.

A estatal explicou nesta sexta que busca o equilíbrio de preços com o mercado global, e evita trazer a instabilidade do mercado internacional para o País. 

Os reajustes refletem a disparada dos preços dos derivados no mercado internacional, seguindo a alta do petróleo e refletindo maior demanda e o fechamento de refinarias em meio à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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