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Região não alcança índice vacinal

DA REDAÇÃO

| Edição de 14 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Em meio a expectativa para a liberação de uma vacina contra o novo coronavírus, as já existentes sequer atingem as metas estabelecidas para imunização do público alvo na região. Dados da 16ª Regional de Saúde de Apucarana mostram que a cobertura vacinal de 2019 contra doenças como o sarampo, tuberculose, meningite, pneumonia, paralisia infantil, entre outras, não atingiu a meta de 90%. Por outro lado, a imunização contra a influenza, o vírus da gripe, alcançou 94,83% do público prioritário no ano passado e segue com índices positivos neste ano. Segundo as autoridades de saúde, a maior procura pela vacina da gripe está relacionada à pandemia de coronavírus (ver box).

O relatório mostra que a Vacina Oral Poliomielite (VOP), destinada a crianças de 1 ano e protege contra a paralisia infantil, teve a menor cobertura de toda a regional, 72,3%. 
Já a pentavalente, que garante imunidade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta, atingiu 73,9% do público alvo que são crianças com menos de 1 ano de idade. A cobertura vacinal contra o sarampo, com a tríplice viral (VTV) que também protege contra caxumba e rubéola, alcançou 88,5% na primeira dose e 87,8% na segunda (veja no infográfico).
Chefe da 16ª Regional de Saúde Altimar Carletto, atribui os baixos índices a grande despreocupação em relação a vacinação por parte da população, seja por influência das campanhas antivacina ou simplesmente por falta de conscientização. “A não cobertura adequada no caso de algumas vacinas pode ocorrer por vários motivos como influência de campanhas negativas antivacina que atrapalham a imunização e o controle de várias patologias e até por certa irresponsabilidade. O medo, ansiedade e a preocupação fazem pessoas procurarem vacinas. Quando as patologias não são tão violentas e importantes, a população fica relaxada e há um relapso. Infelizmente nem todas as pessoas têm consciência da importância”, analisa.
Carletto também menciona problemas no fornecimento das doses que podem ter interferido na cobertura vacinal, como ocorreu com a pentavalente no ano passado. “Tivemos muitas faltas ano passado e a cobertura não ficou a contento. Isso por falta do fornecimento de maneira efetiva por parte do Ministério da Saúde que entrega essas vacinas à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e esta, entrega às regionais para distribuir aos municípios. Essas entregas foram prejudicadas por causa de lotes não adequados que precisaram ser devolvidos”, justifica.