A região fechou o primeiro semestre com saldo de 1,6 mil novas empresas. Foram 3.925 aberturas e 2.320 baixas nos 27 municípios, segundo dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar). O saldo, entretanto, é 24% menor do que o número de empresas consolidadas nos primeiros seis meses do ano anterior, quando a região ultrapassou 2,1 mil novos registros no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Segundo a Jucepar, os segmentos com maior número de novas empresas foram o comércio e reparação de veículos (319), indústria de transformação (214) e transporte (212). Os setores da construção civil (115), administrativos (151), educação (69), saúde humana (63), serviços domésticos (57) também registraram bom desempenho no semestre.
A maioria dos CNPJs criados neste ano são de Microempreendedores Individuais (MEIs), com saldo de 1.187 novas empresas corresponde a 74% do total. Os municípios com maiores saldos são Arapongas (641), Apucarana (453) e Ivaiporã (83).
E segundo o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a abertura de empresas está diretamente ligada à expansão dos mercados dos municípios mais populosos.
“Arapongas, Apucarana e Ivaiporã tendem a se sobressair em função da ascensão de seus mercados. Além disso as cidades maiores vêm puxando população das cidades menores. Esses três municípios são impulsionados por uma forte política de desenvolvimento regional, isso tem feito com que a expansão empresarial siga avançando. Porém, a troca de comando nos municípios (com as Eleições que se aproximam) também tem afetado essas políticas contendo a expansão empresarial neste ano”, analisa o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana.
O economista destaca que há expectativa que a safra de inverno estimule o aumento de consumo no segundo semestre, o que pode intensificar as atividades comerciais e, quem sabe, impulsionar o surgimento de mais empresas na região.
PARANÁ
O Paraná encerrou junho como o segundo estado mais rápido na abertura de empresas. Dados da Jucepar apontam que o empresário gastou, em média, 8 horas e 37 minutos para registrar o negócio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A marca é a segunda melhor do País, atrás apenas da registrada por Sergipe, (6 horas e 21 minutos), estado cuja movimentação é 13 vezes menor do que a realizada pelo Paraná no mesmo período.
A Jucepar movimentou 5.969 processos em junho – terceira maior movimentação entre as juntas comerciais brasileiras. São Paulo e Minas Gerais são os que possuem movimentações mais elevadas: 26.319 e 7.485 processos, respectivamente. Os tempos médios para abertura de empresas em São Paulo e Minas Gerais são significativamente maiores do que a celeridade paranaense. Em São Paulo, o tempo médio foi de 26 horas e 50 minutos em junho e em Minas Gerais essa marca foi de 36 horas e 8 minutos.