As condições precárias da malha rodoviária da região, principal assunto da reunião dos prefeitos integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) realizada anteontem em Mauá da Serra, deve continuar dominando a pauta dos prefeitos por conta do projeto de duplicação da PR-466 e PR-272, que juntas formam um corredor rodoviário que liga o sul ao norte do Estado e podem entrar no Anel de Integração do Paraná.
A precariedade do trecho vem sendo motivo de outras mobilizações regionais exatamente por conta do aumento do número de acidentes e o alto custo logístico que a falta de estrutura das estradas regionais implica na economia local.Em 2014, o Governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura e Logística, anunciou que tinha em mãos estudos de duplicações e ampliação de importantes rodovias paranaenses. Dentre os projetos, a duplicação da rodovia PR-466 entre Guarapuava e Manoel Ribas até a divisa de Ivaiporã, nas proximidades da subestação de Furnas.
Neste ano, foi iniciado estudo para ampliar a duplicação do trecho de Ivaiporã a Mauá da Serra. O prefeito de Ivaiporã e presidente da Amuvi, Luiz Carlos Gil (PMDB), confirma a informação e diz que o assunto deve se tornar a principal pauta dos prefeitos nas próximas reuniões da associação. Segundo Carlos Gil, existe um planejamento que dentro de pouco tempo estará sendo anunciado pelo Governo do Estado.“Com certeza será uma rodovia pedagiada, já que pela crise financeira nem o Estado e nem a União têm recursos para esses investimentos.
isso, acho importante que as forças políticas comecem a pensar nisso. Precisamos fazer essa discussão para saber se será bom ou apenas mais um ônus para região”, completa o prefeito Carlos Gil.Em contato com a Tribuna, a assessoria de comunicação do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), em Curitiba, confirmou a intenção do Governo Estadual em ligar a região central do Estado com a BR-376, por meio de um corredor em trecho entre Guarapuava e Mauá da Serra.
No entanto, o projeto ainda está em fase de estudos, que inclui medição de tráfego da região e análise geométrica das estradas. Além do levantamento, o DER tenta encontrar soluções para ampliar a capacidade de tráfego do trecho, que pode ocorrer através de duplicação ou construção de uma terceira faixa. A estimativa do DER é que o processo de estudos seja concluído até fim de outubro. Não há previsão do valor a ser investido na obra que pode derivar de recursos estaduais ou via Parceria Público Privada (PPP).