Defensivos agrícolas, seus tipos, riscos e impacto dos produtos na saúde da população foram alguns dos temas discutidos ontem em Apucarana durante o Seminário de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos. Realizado no Cine Teatro Fênix, o encontro integra uma das etapas de implantação de um plano estadual que visa tirar o estado do segundo lugar no ranking de intoxicações por agrotóxicos.

Levantamento apresentado ontem pela 16ª Regional de Saúde de Apucarana, que compreende 17 municípios, aponta entre 2015 e 2017 a região registrou 134 notificações de intoxicação por agrotóxicos.
O impacto da exposição da população a esse tipo de produto a longo prazo, entretanto, é mais difícil de ser mensurado, comenta a chefe do deparamento de Epidemiologia da 16ª RS, Cacilda Maria do Prado. “Muitas vezes temos também a subnotificação de casos, porque o paciente chega ao posto reclamando de dor de cabeça frequente, depressão e os sintomas não se relacionam ao trabalho da pessoa”, comenta.
Um das metas do plano é exatamente reformular os protocolos de antedimento na rede básica de saúde para identificar os efeitos da exposição aos agrotóxicos. Na região da 16ª RS, dezoito ações devem ser implantadas dentro do plano, que incluem medidas de fiscalização, mudanças de protocolo, programas de orientação entre outros.
Cerca de 230 pessoas participaram do seminário ontem. Apesar de liderado pela área da saúde, o plano tem participação de vários segmentos, incluindo da área produtiva. (ADRIANA SAVICKI)
ciclo de Oficinas para Implantação do Plano Estadual de 2017-2019.